Por que o filho do meio sofre mais?

Perguntado por: emendes . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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A chamada Síndrome do Filho do Meio ocorre quando as crianças se sentem pouco importantes em relação aos irmãos por não receberem atenção suficiente dos pais. Como consequência, agem para chamar a atenção e são propensos a ter baixa autoestima, podendo desenvolver crises de identidade.

Filhos do meio muitas vezes são apanhados no papel de "pacificadores". Eles têm uma tendência de valorizar muito a justiça, serem compreensivos, cooperativos e flexíveis, mas competitivos. Como regra geral, filhos do meio não vão alcançar sucesso nas mesmas coisas que os seus irmãos mais velhos.

Ser o filho do meio pode ser problemático para muitas pessoas, que se sentem deixadas de lado. Isso acontece porque muitos pais tendem a se preocupar mais com o caçula e demonstrar orgulho pelas conquistas do mais velho, o que consequentemente leva aquele que nasceu entre eles a se sentir preterido.

Segundo Linda, os filhos do meio tendem a ser mais diplomáticos e maleáveis porque são sempre forçados a ceder, além de serem mais realistas sobre suas habilidades e de serem afetados facilmente pela opinião alheia.

Valorizar a individualidade de cada um
Cada filho tem uma personalidade e características únicas. Lembre-se de valorizar cada um, pois isso refletirá no desenvolvimento da autoestima deles.

Segunda infância ou idade pré-escolar
A fase também é conhecida fase como terrible two (dois anos “terrível”, na tradução literal), na qual as crianças começam a testar seus limites.

O que está por trás da associação de que os filhos são mais apegados a mães e as filhas são mais apegadas aos pais são as fases de desenvolvimento comportamental da criança. No começo, todo bebê se identifica com a mãe, independentemente do sexo, por ser o primeiro vínculo de amor na vida dele.

Os motivos podem ser muitos. Um deles pode ser entendido pela má educação dos pais. Por exemplo: o pai que faz as vontades dos filhos, e depois se recusa a lhes dar tudo o que querem, pode ser vítima de maus-tratos.

Grafia no Brasil: segundogênito. Grafia em Portugal: segundogénito.

Muitas vezes desempenha o papel de mediador entre seus irmãos. Em muitos momentos se sente ofuscado pelas habilidades de seu irmão mais velho e pelas “gracinhas” de seu irmão mais novo. Pode sentir que recebe menos proteção de seus pais. Deve aprender a se defender e a se fazer ouvir.

Para a psicanalista Ana Olmos, especializada em crianças e adolescentes, é preciso que os pais tenham uma boa percepção da personalidade dos filhos. Especialmente os do meio, também chamados de filho sanduíche. “Ele está apertado entre o primeiro e o terceiro. Se o caçula for muito mimado, ele dança mesmo.

A síndrome do primogênito deslocado engloba um conjunto de comportamentos e reações prototípicas no filho mais velho quando um irmão chega. A essência desse quadro psicológico é que esse menino que chegou, em princípio, se vê como um intruso e não como alguém com quem tem um vínculo filial.

Meio-irmão ou meia-irmã é a denominação aplicada ao irmão ou irmã que possui grau de parentesco apenas por parte de mãe ou apenas por parte de pai. Por parte de mãe, os filhos são denominados "uterinos", por parte de pai, os filhos são denominados "consanguíneos".

"É normal se sentir irritada, nervosa e até mesmo com raiva do filho", esclarece a neuropsicóloga Deborah Moss, mestre em Psicologia do Desenvolvimento (USP).

A Constituição Federal, em seu art. 227, atribui à família o dever de educar, bem como o dever de convivência e o respeito à dignidade dos filhos, devendo esta, sempre primar pelo desenvolvimento saudável do menor. No mesmo sentido, o art. 229 da CF/88 atribui aos pais o dever de assistir, criar e educar os filhos.

Então, um filho, desde a mais tenra idade, tem dois papéis importantes: o de fazer nascer uma família e o de fazer nascer um ser que se faz mais humano. Que humaniza-se porque aprende a receber cuidado e, assim, aprende a cuidar.

Os pais tem muita importância na educação dos filhos, pois são responsáveis por legitimar ou rechaçar conhecimentos e valores adquiridos pelas crianças no processo civilizatório. Exercem, portanto, importante mediação na relação da criança com o mundo.

Quando há situações de conflito interparental, é o irmão mais velho quem se sente mais afetado. Em geral, sobre esta figura recai, em muitos casos, o ato de mediador entre pais ou cuidador de irmãos menores. O conflito entre os pais pode ter um grande impacto emocional nas crianças.

Envolvendo uma amostra de 384 famílias, o estudo descobriu que as crianças mais velhas se sentem mais reconhecidas pelos pais. Segundo os especialistas, isto pode ser explicado pelo facto de os pais viverem certas emoções positivas com o filho mais velho que, naturalmente, proporciona mais “primeiras vezes” aos pais.

Vijayeta Sinh, psicóloga clínica do Hospital Monte Sinai em Nova York, nos Estados Unidos, afirma que o favoritismo dirigido ao filho mais novo muitas vezes tem relação com as aptidões sociais e emocionais associadas à ordem de nascimento.