Por que o césio-137 brilha no escuro?

Perguntado por: omendes . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Resultado: a energia dos elétrons aumenta. Para retornar ao estado de equilíbrio anterior, os elétrons têm que se livrar do excesso de energia. E fazem isso emitindo luz. Daí o brilho do césio 137.

As partículas alfa emitidas pelo rádio atingem os átomos do fósforo. Então, as partículas alfa forçam os elétrons desses átomos a pular para um nível de energia mais alto. Quando os elétrons caem de volta ao nível de energia original, eles irradiam um brilho esverdeado.

A exposição externa ao césio-137 pode causar queimaduras, doenças agudas em função da exposição à radiação, como câncer e problemas neurológicos, e morte. Os efeitos dependem da dimensão da exposição.

“O brilho da morte”, como o césio 137 foi chamado por Devair Alves Ferreira, a primeira pessoa a entrar em contato direto com o elemento, fez centenas de vítimas. Quatro morreram cerca de um mês após a exposição.

cor branca

O Césio 137 é um exemplo de radioisótopo (isótopo radioativo) que pode ser encontrado na forma de um sal como o cloreto de Césio (CcCl), que apresenta a cor branca. O Césio 137, por ser radioativo, elimina radiação para atingir estabilidade, sendo a radiação beta a eliminada por ele.

Há exatos 35 anos, em 13 de setembro de 1987, ocorreu na capital de Goiás o maior acidente radioativo da história do país — e um dos maiores do mundo.

Com base nos dados obtidos, verificou-se que a menor quantidade de césio radioativo incorporado no organismo humano ou de animais pode provocar a alteração da estrutura e da função de órgãos e de sistemas, e ocasionar novas doenças (doença do coração, dos vasos sanguíneos, tumores malignos, doenças do fígado, dos rins, ...

33 anos

O 137Cs, isótopo radioativo artificial do Césio tem comportamento, no ambiente, semelhante ao do potássio e outros metais alcalinos, podendo ser concentrado em animais e plantas. Sua meia-vida física é de cerca de 33 anos.

Cherenkov, Tamm e Franz receberam, em 1958, o Prémio Nobel da Física pelas suas descobertas. Um eletrão rápido, isto é, muito energético, é capaz de superar 224 900 quilómetros por segundo, exatamente a velocidade da luz na água.

A principal aplicação do césio é em relógios atômicos, que são equipamentos de medição de tempo de altíssima precisão.

O césio-137 é bastante perigoso para o ser humano porque emite partículas ionizantes e radiações eletromagnéticas capazes de atravessar vários materiais, incluindo a pele e os tecidos do corpo humano, interagindo com as moléculas do organismo e gerando efeitos devastadores.

Abadia de Goiás

Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas na capital goiana após o acidente. Todo esse material com suspeita de contaminação foi levado para a unidade de do Cnen em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana da capita, onde foi enterrado.

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O cimento é o mesmo que segue até hoje no terreno, que foi adquirido pelo estado para evitar qualquer perfuração ou construção. Desde que o acidente foi identificado, o espaço é monitorado por técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. O manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas.

Cs

Os rejeitos de usinas nucleares são colocados em recipientes especiais e descartados em locais com revestimento de concreto, devendo permanecer confinados por um período longo que varia de 50 a 300 anos. No Brasil, este tipo de descarte é realizado nas mineradoras e em institutos energéticos.

Voltando ao caso, tudo poderia ter sido evitado se o Instituto Goiano de Radioterapia tivesse tomado as medidas de segurança adequadas quando foi desativada em 1985 e ter dado um fim adequado aos equipamentos.