Por que o Brasil se transformou no maior país escravista da América?

Perguntado por: lassuncao8 . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Vários fatores, como a diminuição da oferta de escravizados indígenas, contribuíram para o crescimento da escravização de africanos no Brasil. Os africanos escravizados eram trazidos para cá nos tumbeiros, as embarcações por meio das quais acontecia o tráfico negreiro.

Uma dessas razões, por exemplo, foi por ser a mão-de-obra negra mais qualificada do que a indígena. Outra forte razão, foram os altos lucros que o tráfico de escravos africanos rendia para os comerciantes. O tráfico era, sem dúvida, uma das atividades mais lucrativas do sistema colonial.

A resistência dos escravos tinha como grande objetivo a conquista da liberdade, mas também poderia buscar apenas impor limites ao excesso de tirania de feitores e senhores.

EUA têm mais pessoas escravizadas do que o Brasil, diz ONG; veja o ranking.

Francisco Félix de Sousa

Francisco Félix de Sousa (Salvador, 4 de outubro de 1754 — Uidá, Benim, 4/8 de maio de 1849) foi o maior traficante de escravos brasileiro e Chachá da atual cidade de Uidá no Benim.

O país foi o último da América Latina a terminar com o sistema escravista; rentabilidade do trabalho escravo seria o principal motivo da abolição tardia.

Os portugueses possuíam uma série de feitorias na costa africana e nela compravam africanos para enviá-los como escravos para trabalharem nos engenhos instalados nas ilhas atlânticas.

Escravidão no Brasil: resumo
A situação de vida dos escravos era péssima e desumana. Além de trabalho intenso ao sol, as condições de higiene e alimentação eram terríveis. As mulheres negras eram exploradas sexualmente, muitas mantidas como reprodutoras. A cultura e a religião foram suprimidas covardemente.

A escravidão no Brasil foi implantada no início do século XVI. Em 1535 chegou a Salvador (BA), o primeiro navio com negros escravizados. Este ano é o marco do início da escravidão no Brasil que só terminaria 353 anos depois em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea.

Egito Antigo

A escravidão foi presente nas sociedades do Egito Antigo por mais de dois milênios. Desde o Império Antigo (c. 2700–2200 a.C.), prisioneiros de guerra eram escravizados e um grande contingente da população realizava trabalho compulsório.

Por razões econômicas e também em busca de mão de obra qualificada, os portugueses começaram a trazer africanos escravizados para o Brasil. Os negros eram obrigados a vir para um país estranho, numa travessia de barco que levava meses, em condições precárias, para trabalhar forçado.

Os portugueses, brasileiros e, mais tarde, os holandeses, traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão de obra escrava nos engenhos de cana-de-açúcar do Nordeste.

Os documentos mostram que a fuga e os quilombos não eram as únicas formas de resistência dos negros perante a escravidão: rebeliões, assassinatos, suicídios , revoltas organizadas também fizeram parte da história da escravidão no Brasil. Das revoltas históricas, a mais conhecida foi a dos Malês, em Salvador.

A senzala era uma espécie de habitação ou alojamento dos escravos. Elas existiram durante toda a fase de escravidão(entre o século XVI e XIX).

Apesar de ambos os países terem instituído sistemas brutais de escravidão, o Brasil passou por um processo intenso de miscigenação entre brancos, negros e índios, que não se viu na mesma medida nos EUA. Um dos fatores que ajudam a explicar os contrastes, diz a historiadora, é a própria demografia.

Brasil

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Os locais no Brasil que mais receberam escravos foram Rio de Janeiro, Recife e Salvador. O tráfico negreiro só foi proibido no Brasil em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queirós. Estima-se que o Brasil recebeu de 3,5 milhões a 5 milhões de africanos escravizados.

Quarenta e seis centavos de real: este é o preço de uma pessoa escravizada no Brasil, proporcionalmente.

O Maranhão, no Nordeste, aparece como o maior provedor de mão-de-obra escrava no País.