Por que o Brasil não tem a pena de morte?

Perguntado por: greis6 . Última atualização: 26 de abril de 2023
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A pena de morte é proibida no Brasil, mas foi prevista durante a Ditadura Militar (1964-1985) para casos de crimes de guerra. É preciso lembrar que, segundo os militares, o Brasil estava travando uma luta interna contra o comunismo e por isso, aqueles que fossem acusados de traição estavam sujeitos à pena capital.

O artigo 5º, inciso XLVII, alínea 'a' da Constituição é enfático ao dizer que não haverá penas de morte, salvo em caso de guerra declarada. Daria para fazer uma emenda à Constituição e modificar esse trecho? Não, pois o artigo 5º é considerado cláusula pétrea.

No Brasil, a última aplicação da pena de morte ocorreu em 1876, e a prática foi abolida com a Proclamação da República, em 1889. +Os melhores conteúdos no seu e-mail gratuitamente. Escolha a sua Newsletter favorita do Terra. Clique aqui!

Maníaco do Parque, condenado a 268 anos.
Ele foi preso em 1998 e, em 2002, foi condenado a 268 anos de prisão. No entanto, essa pena foi posteriormente reduzida para 121 anos.

Completam-se neste mês 140 anos da execução da última pena de morte no Brasil. O governo imperial aprovou em 1835 uma lei dedicada a punir exemplarmente os negros que matavam seus senhores, mas dom Pedro II decidiu abandoná-la em 1876C.

Os argumentos favoráveis encontrados foram de que a pena capital é uma medida eficaz para combater a criminalidade porque é intimidatória; é uma importante forma de justiça retributiva e reparação do mal cometido; é uma medida mais econômica do que a prisão; é forma de garantir o direito à vida das pessoas e é a única ...

Previsão legal da pena de morte
O inciso XLVII, do artigo 5º, da Constituição Federal - CF diz que em nossa nação não haverá penas de morte, salvo em caso de guerra declarada (alínea “a”).

Em um processo envolvendo a pena de morte, o preço médio é de US$ 396 mil, contra US$99 mil em um procedimento comum.

Justiça restaurativa. Uma forma de pena alternativa estudada em muitos países – e que também é aplicada em certos graus dentro do código penal brasileiro – é a justiça restaurativa. Ela consiste em reparar os danos causados pelo crime, no caso de pequenos delitos, e na participação direta da vítima no processo.

Os argumentos favoráveis encontrados foram de que a pena capital é uma medida eficaz para combater a criminalidade porque é intimidatória; é uma importante forma de justiça retributiva e reparação do mal cometido; é uma medida mais econômica do que a prisão; é forma de garantir o direito à vida das pessoas e é a única ...

Um estudo publicado pelo Jornal de Lei Criminal e Criminologia da Universidade de Northwestern, em Chicago, mapeou as opiniões de 67 destacados pesquisadores americanos que se especializaram nesse tema. Para 88,2% deles, executar detentos não tem qualquer impacto nos níveis de criminalidade.

Crime de extorsão mediante sequestro seguido de morte é o mais grave que existe na legislação penal brasileira, com pena mínima é de 24 anos; relembre o caso.

Alguns dos casos criminais mais graves e não resolvidos pelo mundo são:

  • Assassinato do presidente dos EUA, John F. Kennedy;
  • Homicídios do Zodíaco, o serial killer da Califórnia;
  • Desaparecimento da garota Madeleine McCann;
  • Assassinatos do serial killer “Homem do Machado”.

Acredita-se que a sentença de prisão mais longa já decretada por um tribunal tenham sido os 141.078 anos de cárcere aplicados a Chamoy Thipyaso na Tailândia em 1989. Ela foi condenada por um esquema de pirâmide que defraudou 16 mil pessoas.

Encenação da última pena de morte no Brasil é encenada todos os anos em Pilar.

O Japão é um dos poucos países desenvolvidos que mantêm a pena de morte no seu sistema penal, em um posicionamento oposto à tendência mundial em aboli-la nas últimas décadas, movimento que provém da evolução do discurso e instrumentos de proteção dos direitos humanos após o final da Segunda Guerra Mundial, em especial, ...

Desse modo, se existisse pena de morte no Brasil, viveríamos um ataque às garantias constitucionalmente previstas, bem como ao princípio da Dignidade Humana, princípio do qual todos os outros são derradeiros. Vida é um bem e um direito inalienável.

A pena de morte existiu desde sempre em várias culturas e povos de diversas regiões do mundo. O objetivo principal era desencorajar as pessoas de cometerem certos tipos de crimes. Por isso, a execução era realizada num curto espaço de tempo, deveria ser pública e causar o máximo de sofrimento possível ao condenado.