Por que o Brasil foi o último país a libertar os escravos?

Perguntado por: abotelho . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A conclusão é evidente: a rentabilidade do trabalho escravo teria permitido prolongar o sistema escravista quase até o fim do século. Foi somente a pressão abolicionista que provocou a mudança das expectativas dos fazendeiros do Rio de Janeiro e arredores, e isso tardiamente, nos anos 80.

Foi a Dinamarca, em 1792 – mas a lei criada nessa data só entrou em vigor em 1803.

Os países que lideram essa estatística são Camboja, Paquistão, Afeganistão, Irã, Sudão do Sul, Etiópia, Somália, Mauritânia. No Brasil, entre 2003 e 2018, 45 mil pessoas foram resgatadas de em situação análoga à escravidão, especialmente em ambiente rural.

O Brasil utilizou-se do trabalho escravo desde o início da sua colonização e foi o último país a abolir o regime escravocrata. Isso só aconteceu no século XIX, após o imperador D. Pedro II não resistir mais à pressão da Inglaterra, de outros países europeus e da sociedade brasileira da época para libertar os negros.

Em 13 de maio de 1888, após seis dias de debate no Congresso, foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, sendo o último país da América Latina a abolir a escravatura.

Em 1863 o Império Colonial Holandês e os E.U.A. baniram a escravidão assim como o Zanzibar (1873), Gana (1874), Turquia (1876) e Cuba (1886). No caso brasileiro o mesmo aconteceu em 1888 através da Princesa Isabel de Bragança pela Lei Áurea. Seguiu a Tunísia (1890).

MITO: A escravidão moderna existe apenas em países em desenvolvimento. FATO: A escravidão moderna está em toda parte. Existem mais de 1,5 milhões de pessoas que trabalham em condições análogas à escravidão na Europa, na América do Norte, no Japão e na Austrália.

Com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, aproximadamente 700 mil escravos conquistaram sua liberdade e enfrentaram novos desafios na condição de libertos. Após a Lei Áurea, muitos libertos abandonaram os locais que moravam e procuraram empregos em outras fazendas.

Portugal tinha uma população pequena, de cerca de dois milhões de pessoas, e não tinha condições de dispensar parte de seus habitantes para sua colônia americana. Para suprir os braços que faltavam, os colonizadores usaram a escravidão, que já era praticada na África e no mundo árabe.

Sua origem está relacionada às guerras e conquistas de territórios, onde os povos vencidos eram submetidos ao trabalho forçado pelos conquistadores. Pelo que se sabe, os primórdios da escravidão vêm do Oriente Médio (Antigo Oriente), mas povos nas Américas como os maias também se serviram de cativos.

ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

Quantos escravos existem hoje no mundo? Como a escravidão é ilegal em qualquer parte do mundo, os traficantes escondem suas vítimas, temendo as autoridades. Em qualquer país, escravos são uma população oculta. Mas as estimativas mais amplamente aceitas apontam que haja entre 12,3 milhões e 27 milhões de escravos.

Apenas em 2021 foram resgatados desta condição análoga à escravidão 1.937 trabalhadores e trabalhadoras”, disse. “Neste ano de 2022, já foi confirmado o resgate de 500 trabalhadoras e trabalhadores em situação análoga à escravidão, somando-se à quase 59 mil trabalhadoras e trabalhadores resgatados.

Brasil foi o pior lugar para ser escravo, afirma autor de 'Bahia de Todos os Negros' - 28/09/2021 - Ilustrada - Folha. Este conteúdo é para maiores de 18 anos.

Resposta verificada por especialistas
1 - O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão, pois não havia interesse das classes mais altas e dos comerciantes de escravos na abolição, o intento era manter a estrutura da sociedade para que os benefícios para essas classes fossem mantidos.