Por que o agronegócio desmata?

Perguntado por: aresende . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Atrás da agropecuária (97%), as causas principais foram o garimpo (0,5%), a expansão urbana (0,4) e a mineração (0,1%). No discurso oficial, as gigantes do agronegócio garantem fazer de tudo para bloquear a compra de gado de fazendeiros que desmatam fora da lei.

“O desmatamento é a maior ameaça existencial do nosso agronegócio. Primeiro porque contribui para a mudança climática, que é a maior variável de risco do agro. Segundo, porque gera um dano reputacional para o nosso agro legal que fecha acesso a mercados”.

Um grande problema e verdadeiro obstáculo para o avanço do agronegócio brasileiro é constituído pelo desperdício de alimentos ao longo da cadeia produtiva. É uma triste posição de destaque que temos entre os mais descuidados do mundo quando se trata de perdas de alimentos.

Quais são os impactos negativos do agronegócio no Brasil?
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A maneira como esse impacto se apresenta varia; entre os principais exemplos estão:

  • desmatamento;
  • perda de biodiversidade;
  • degradação do solo;
  • contaminação dos mananciais;
  • geração de resíduos.

As principais causas de desmatamento estão relacionadas às atividades humanas. A retirada da vegetação de um local para dar lugar à moradias, plantações ou para a utilização da madeira retirada, por exemplo, para a produção de energia, não é um processo recente, ocorrendo em todo mundo há séculos.

O agronegócio tem causado consequências para o meio ambiente. O aumento do número de máquinas no meio agrícola acelera a produção e aumenta o lucro. Esse benefício traz consigo uma problemática ambiental, onde os agrotóxicos são cada vez mais utilizados e florestas são derrubadas para aumentar a área de cultivo.

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Todos os meses tiveram uma taxa de desmatamento maior que a média. Em janeiro, foram 430,44 km² devastados, área 165% superior à média de 162 km² observada entre 2016 e 2021. Em fevereiro, o desmate foi de 199 km², 47% maior que a média de 135 km² para o mês.

Então, o que aconteceria se o Agro parasse? O primeiro impacto seria o aumento generalizado dos preços, ou seja, inflação. Essa iria acelerar até alcançar níveis absurdos, como os observados no Brasil na década de 1980 (Hiperinflação), que é um pesadelo para quem a conheceu.

A solução para os problemas com infraestrutura e logística é o investimento público na expansão e modernização do sistema hidroviário e rodoviário do país e na conservação e melhoria das estradas.

Considerando-se os desempenhos da economia brasileira e do agronegócio, a participação do setor no total alcançou 24,8% em 2022, abaixo dos 26,6% registrados em 2021. Enquanto o PIB do ramo agrícola recuou expressivos 6,39%, o do pecuário avançou 2,11%.

Com a expansão do agronegócio, a concentração fundiária no campo foi aumentando, tornando cada vez mais difícil para os habitantes rurais ter acesso a terras para cultivar. Ainda deve ser levado em consideração os agricultores que foram violentamente expulsos de suas terras ou forçados a vende-las para latifundiários.

O agronegócio sofre críticas a partir de duas concepções: uma de viés econômico-social e outro de cunho ambiental. Sobre essa última posição, são comuns os embates no contexto político envolvendo os chamados “ruralistas” contra os “ambientalistas”.

Tecnologia no agronegócio: 7 dicas para aumentar a produtividade

  1. Incremente a agricultura de precisão. ...
  2. Invista em um software de gestão. ...
  3. Utilize drones. ...
  4. Invista no controle de irrigação. ...
  5. Aposte em plataformas online. ...
  6. Implante o controle de estoque. ...
  7. Utilize controles biológicos.

Com base nisso, pode-se dizer que a agropecuária, apesar de ter papel fundamental, pode provocar impactos negativos ao meio ambiente, tais como aquecimento global, desmatamento, extinção de espécies, compactação do solo, comprometimento das águas e emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE).

A atividade humana é a principal causa do desmatamento, principalmente para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária. O crescimento do setor agropecuário fez com que aumentasse o desflorestamento principalmente para pastagens e plantio de soja, muitas vezes até de forma ilegal.

As principais causas do desmatamento das matas brasileiras estão relacionadas à ação humana, especialmente às atividades agropecuárias. Além do processo de urbanização, o crescimento do agronegócio e de práticas ilegais agravam a situação do desflorestamento no país.

As duas principais causas do desmatamento florestal são a agropecuária e o corte ilegal de árvores. De acordo com a organização Florest Trends, estima-se que a agricultura comercial seja responsável por 70% da destruição de florestas em países tropicais e subtropicais.