Por que nos EUA não usa dipirona?

Perguntado por: dcosta . Última atualização: 28 de abril de 2023
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Entretanto, a dipirona não é utilizada em diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra e Suécia, devido a um possível efeito colateral - a agranulocitose - que é uma diminuição da produção das células que formam o sangue na medula óssea.

Até 2001 a dipirona era o analgésico-antitérmico mais utilizado no Brasil e comercializado em mais de 100 países, entre eles, Alemanha, Itália, França, Holanda, Finlândia, Espanha, Argentina e México3. No entanto, seu uso é marcado por diversos debates quanto aos riscos à saúde e conflitos de interesse.

É um fármaco antigo, usado desde 1922 na medicina, mas proibido em diversos países. Isto acontece em virtude de um trabalho datado de 1970 que mostrou uma porcentagem de risco de agranulocitose, uma anemia associada a baixa de células imunes, por uso de dipirona.

Esse remédio facilmente vendido no Brasil, inclusive com o famoso nome comercial de Novalgina, é proibido nos Estados Unidos, Suécia e em outros países. Conhecida pela ação antitérmica e analgésica, a dipirona, segundo a FDA, pode causar choques anafiláticos.

CONCLUSÃO: A eficácia analgésica da dipirona foi superior à do paracetamol.

Este estudo demonstrou que, em dose oral única, o ibuprofeno proporciona atividade antipirética mais acentuada do que a dipirona, principalmente na febre alta.

Quais os riscos da alta dosagem de dipirona e seu uso diário? O que precisamos entender desde já, é que todo remédio provoca efeitos colaterais em variados níveis. Tomar medicamentos todos os dias aumenta o grau destes efeitos, acarretando irritações no estômago, esofagite, gastrite e úlceras.

O motivo dessa proibição é que o medicamento pode estar associado à morte de 10 turistas britânicos.

A Neosaldina (Novalgin/Dipirona), presente nos dois principais remédios contra a dor de cabeça comercializados no Brasil, é considerada nociva e proibida nos Estados Unidos. A substância pode causar choques anafiláticos são liberados no Brasil e banidos no exterior.

Pode, inclusive medicamentos com mais de 100 ml, desde que eles venham acompanhados da receita médica escrita em inglês atestando a importância do uso regular daquele medicamento.

A vigilância sanitária determinou a suspensão da distribuição, venda e uso do lote 0710/10 do medicamento porque testes da Fundação Ezequiel Dias (Funed) constataram teor de dipirona sódica abaixo do informado pela fabricante. Quem comprou medicamento desse lote deve parar o consumo, segundo recomendação da Anvisa.

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada hoje (9) no Diário Oficial da União suspende a distribuição, a comercialização e o uso, em todo o território nacional, do Lote 140763B (val.

Os Estados Unidos proíbem a dipirona sódica, analgésico e antitérmico comum no Brasil. Outros países não permitem os benzodiazepínicos e hipnótico. Outros exigem prescrição médica de quem usa remédios psicotrópicos ou narcóticos, como Lexotan e Valium, e pretendem ficar mais de 30 dias.

Não à toa, o medicamento é proibido desde sempre no Reino Unido e na Alemanha, e já foi retirado de circulação do Canadá, Estados Unidos, Japão, Espanha, Finlândia, Irlanda, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Suécia.

Remédios com nomes diferentes: Dramin nos EUA chama Dramamine, o Simply Saline é o equivalente ao rinosoro e é vendido na versão para criança ou adultos, sempre como spray – a versão gotas/liquida do rinosoro também é encontrada de outras marcas, é só procurar pelo nome “saline solution”.

Proibição da dipirona em Portugal? Não, restrição. De acordo com o Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI), o metamizol é utilizado em Portugal há muito tempo.

Não é incomum encontrarmos remédios que associam a dipirona ou o paracetamol a outros analgésicos mais fortes, como o tramadol, por exemplo. Os analgésicos comuns também podem ser usados como tratamento adjuvante da dor neuropática.

Ao contrário da dipirona, o paracetamol não atua como anti-inflamatório, sendo utilizado exclusivamente para o controle da dor e para a redução da febre. A metabolização dessa substância é feita pelo fígado e a excreção do fármaco também ocorre por via renal.

“Entre os analgésicos e antitérmicos, o paracetamol é uma droga seguríssima. Tão segura que até os hepatologistas a receitam, inclusive para pacientes que tenham doença crônica de fígado, desde que não se ultrapasse 3 a 4 gramas diários”, esclarece.