Por que no Brasil existe poucas pessoas muito ricas e muitas pessoas muito pobres?

Perguntado por: npacheco . Última atualização: 4 de abril de 2023
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O relatório afirma que a desigualdade de riqueza cresceu no Brasil desde meados dos anos 90, em um contexto de desregulação financeira e falta de uma reforma fiscal mais ampla.

A desigualdade social por aqui é um legado do período colonial, que se deve à influência ibérica, à escravidão e aos padrões de posses latifundiárias. Aspectos como racismo estrutural, discriminação de gênero, alta tributação de impostos e o desequilíbrio da estrutura social só agravam a desigualdade brasileira.

A desigualdade econômica pode ser causa ou consequência de outras disparidades — a social e a política, por exemplo. Elas são evidenciadas a partir do lugar onde o indivíduo nasceu, seu gênero e até os pais que possui. Todas as formas de desigualdade estão intimamente relacionadas e se auto perpetuam.

O número foi de 31% no ano passado, o que corresponde a cerca de 31.884 pessoas. Em 2020 eram 24.344 pessoas. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre fevereiro e março de 2021, havia pelo menos 221 mil pessoas em situação de rua. Esse período corresponde ao pior momento da pandemia no país.

As desigualdades patrimoniais são ainda maiores do que as de renda no Brasil e são uma das mais altas do mundo. Em 2021, os 50% mais pobres possuem apenas 0,4% da riqueza brasileira (ativos financeiros e não financeiros, como propriedades imobiliárias).

O Brasil pode não ser considerado um país pobre, mas é um país injusto e desigual que possui um grande contingente de pessoas pobres, sendo que 39,9 milhões vivem na extrema pobreza. A realidade da pobreza vivida pelos mais vulneráveis em pleno século XXI é alarmante.

A palavra pobre deriva do latim “pauper,eris”, que significa desprovido do necessário; com poucas posses.

Acabar com a pobreza é possível
De acordo com a ONU, se todos os países ricos direcionarem apenas 1% dos seus rendimentos para o combate à pobreza, seríamos capazes de acabar com este problema em menos de 20 anos.

A má distribuição de renda é, possivelmente, a maior causadora da desigualdade social de um país. A má distribuição da renda acontece quando existe um desequilíbrio entre a população que possui alta renda e a população mais pobre.

A desigualdade social é um problema que ocorre quando algumas pessoas têm acesso a mais recursos e oportunidades do que outras. Isso pode acontecer por várias razões, como renda, educação, localização geográfica ou preconceito.

Para enfrentar a concentração de renda, a principal estratégia adotada com sucesso em países desenvolvidos é a efetivação de um sistema tributário progressivo, modelo que escalona a arrecadação de impostos, taxando mais os contribuintes com maior renda e patrimônio.

A concentração da renda no Brasil é uma das mais altas do mundo. O país está em segundo lugar em má distribuição de renda entre sua população (de acordo com dados de 2019). No Brasil, o 1% mais rico concentra 28,3% da renda total do país. Em outras palavras, quase um terço da renda está nas mãos dos mais ricos.

Principalmente porque a desigualdade econômica é percebida como socialmente injusta e como uma violação dos princípios sociais de justiça.

Se você se pergunta quais são os três maiores problemas sociais no Brasil hoje, nossa resposta é que muito maior que esse número. Pobreza, desemprego, desigualdade de oportunidades, racismo e desnutrição são alguns dos principais problemas sociais no Brasil.

Esta afirmação é fruto das pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, que apontam que as pessoas pretas ou pardas são as que mais sofrem no país com a falta de oportunidades e a má distribuição de renda.

A porcentagem caiu ainda mais em 2021 e 2022, já que mais pessoas passaram a receber o Auxílio Brasil. O país mais próximo de chegar a essa redução na América Latina foi o Paraguai, que diminuiu de 1% para 0,8% –uma queda de 0,2 ponto percentual.

Os mais ricos só perderam 6% da renda, passando de R$ 17 mil para R$ 15,9 mil. Com isso, o abismo da desigualdade se alargou. Em 2020, um brasileiro dos 5% mais pobres precisaria de 24 anos para obter a renda que um brasileiro dos 1% mais ricos obtinha por mês (R$ 17 mil). Em 2021, essa distância aumentou para 34 anos.

Com o aumento, o país passou a ter 62,5 milhões de pessoas (29,4% da população) abaixo da linha da pobreza, incluindo 17,9 milhões de pessoas na pobreza extrema (8,4%). Em outras palavras, aproximadamente um a cada três brasileiros era pobre em 2021.

Foquemos nos principais minérios: bauxita, cobre, estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel, ouro, e, também abordaremos o petróleo. Iniciemos pelo petróleo, onde somos o 13° maior país do mundo em reservas, estimadas em 20,273 bilhões de barris (reservas 3P – provadas, prováveis e possíveis).

O fato de o Maranhão aparecer na liderança dos municípios mais pobres do país não é surpresa, já que o Estado tinha em 2020 o menor PIB per capita nacional, de pouco mais de R$ 15 mil (ante R$ 87 mil do Distrito Federal, a unidade federativa mais rica) e costuma disputar com o Piauí o posto de Estado mais pobre, seja ...

A resposta usual à pergunta acima passa pela perda do poder compra do salário influenciada pelo aumento no ritmo dos reajustes de preços. Ou seja, o aumento do custo de vida provocado pela inflação diminui a quantidade de bens e serviços que a grana do trabalhador pode comprar.