Por que Nietzsche não gosta de Sócrates?

Perguntado por: aconceicao . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Por sua vez, no Crepúsculo dos ídolos, Nietzsche critica a ascensão da dialética socrática entre os gregos, considerando o seu caráter degenerativo contra a vida e contra os instintos. Caráter expresso nas últimas palavras de Sócrates: “Viver- significa estar há muito doente: eu devo um galo a Asclépio Salvador”.

Acusando o instinto grego, Sócrates procura por medidas que, ao cabo, limitam, fecham e obstruem a vida. Desaparecem as forças instintivas como forma de conhecimento, desaparece o conhecimento prático dos pré-socráticos. O pensamento se subordina ao racional, ao consciente.

O paradoxo da ignorância Socrática
A primeira ideia é que Sócrates afirma nada saber, ou seja, se coloca na posição de ignorante sobre assuntos fundamentais, afirma desconhecer as virtudes. Essa posição, de aporexia em relação ao conhecimento, sozinha não apresenta nenhum problema contraditório grave.

Durante toda a vida, Friedrich Nietzsche odiou ser fotografado. Chamava a fotografia de “execução pelo Ciclope de um olho”. Em quase todas as fotos que sobreviveram, ele parece evasivo, incomodado, “como se suas roupas fossem emprestadas”, escreve Sue Prideaux numa nova e exemplar biografia do filósofo, I Am Dynamite!.

Melancólico e solitário, Nietzsche foi atormentado pelo fantasma da doença mental de seu pai e acabou acometido do mesmo mal. Durante o verão de 1900, seu estado de saúde se agravou por causa de uma bronquite que evoluiu para doença pulmonar.

Deus está morto

1. "Deus está morto". Essa é uma das frases mais famosas e polêmicas de Nitetzsche. O pensador, que vinha de uma família de pastores com forte ligação com o cristianismo, em determinado momento de sua vida rompe com a religião.

Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.

Assim Falou Zaratustra (1883)
Na obra, estão as ideias-chaves do pensamento de Nietzsche: a ideia de Super-Homem, a ideia de Transmutação de Valores, a ideia de Espírito Senhoril e a ideia de Eterno Retorno. Que derrotariam a moral cristã e o ascetismo servil.

Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas idéias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.

Segundo Sócrates, “ninguém sabe o que é a morte, nem se, por- ventura, será para o homem o maior dos bens; todos a temem, como se soubessem ser ela o maior dos males.

Sócrates, filósofo grego do século V a.C., foi condenado à morte devido seus ideais de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Para ele o conhecimento é limitado pela ignorância. Acusaram no de corromper a mocidade, de desrespeitar os deuses e da prática de inovações religiosas.

só sei que nada sei

Por isso que uma das frases de Sócrates mais famosas é “só sei que nada sei”. Essa frase tornou Sócrates o mais sábio entre todos os homens da época, porque foi o primeiro a admitir sua própria ignorância e estando em constante aprendizado.

Ao proferir a frase "Só sei que nada sei", Sócrates reconhece a sua própria ignorância. Através do paradoxo socrático, o filósofo negava categoricamente o posto de professor ou grande sabedor de qualquer conhecimento. A lógica é simples: ao afirmar que nada sabe, ratifica o fato de que também nada tem para ensinar.

Normalmente atribuída ao filósofo grego Sócrates (479-399 a.C.), a frase “conhece-te a ti mesmo” é, na verdade, a inscrição que se via na entrada do Oráculo de Delfos.

Nietzsche vai ao cerne do problema: Deus está morto como uma verdade eterna, como um ser que controla e conduz o mundo, como um pai bondoso que justifica os acontecimentos, como sentido último da existência, enfim, como uma ética, como um modo de vida, independente de sua existência ou não.

neurossífilis

Aos 44 anos, após sofrer um colapso em Turim, o filósofo Friedrich Nietzsche recebeu o diagnóstico médico de neurossífilis. Devido à ausência de autópsia em seu corpo, tal diagnóstico médico vem sendo questionado historicamente. Realizou-se a revisão da literatura disponível sobre o diagnóstico médico de Nietzsche.

A sentença "Deus está morto" significa: o mundo supra-sensível está sem força de atuação. Ele não fomenta mais vida alguma. A metafísica, isso significa para Nietzsche a filosofia ocidental entendida como Platonismo, está no fim.