Por que na opinião dos cientistas testar drogas em animais não faz sentido?

Perguntado por: ialmeida5 . Última atualização: 21 de fevereiro de 2023
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Testar em animais não nos dá informações sobre o que irá acontecer em humanos. Assim, você pode testar uma droga em um macaco, por exemplo, e talvez ele não sofra nenhum efeito colateral. Depois disso, o remédio é dado a seres humanos que podem morrer por causa dessa droga.

O que se pode fazer com eles? O uso é válido para obter um benefício maior para uma população? Hoje, a resposta da maior parte dos cientistas é: sim, eles são necessários. “Ninguém opta por usar animais, havendo métodos alternativos validados e comprovadamente eficazes para aquele teste.

Dentre as consequências, estão a dor, cegueira, convulsão, queimaduras, hemorragias e, principalmente, a morte do animal.

Segundo a coordenadora do laboratório, Marize Campos Valadares, a crueldade chama a atenção da população, pois a maioria dos testes é praticada sem anestesia e com a introdução de substâncias tóxicas nos organismos, o que causa um sofrimento longo e contínuo.

Debate ganhou força no Brasil após caso envolvendo cães da raça beagle. Só na Europa estima-se que 3 milhões de bichos morrem anualmente em testes científicos, mas ONG alerta que números podem ser ainda maiores. Todos os anos, 115 milhões de animais são usados em pesquisa em todo o mundo.

Isso não é uma forma de exploração? A favor: Os testes com animais beneficiam também os próprios animais, pois são usados no desenvolvimento de rações, vacinas e medicamentos veterinários. Contra: Nem sempre os resultados obtidos em animais são os mesmos obtidos posteriormente em humanos.

Testes com animais também foram essenciais para a descoberta de anestésicos, de antibióticos e dos anti-inflamatórios, de fármacos para o controle da hipertensão arterial e diabetes, da dor e da asma, para tratamento da ansiedade, dos antidepressivos, dos quimioterápicos, e dos hormônios anticoncepcionais.

Relatam que inúmeras pesquisas subjugam o animal, a ponto de causarem-lhe doenças propositais (degenerativas, infeccionas, etc.), lesões ou mesmo a morte, com sofrimento desnecessário à causa, vez que existem métodos de pesquisa científica alternativa e eficazes que não se valem da exploração de animais.

Um dos principais argumentos para os testes em animais é o fato de que podemos gerar dados que serão úteis para o tratamento de doenças em humanos. No entanto, o uso de indivíduos não humanos para pesquisa tem sido com frequência uma área de intenso debate.

Cultura de células e tecidos como alternativa à pesquisa com animais. A cultura de células e tecidos é uma alternativa muito eficiente que levou a avanços científicos significativos, impactando positivamente a saúde humana. Sua aplicação possibilitou ainda a redução do número de animais utilizados em pesquisa.

Quais são os métodos alternativos?

  • Tecidos humanos.
  • Modelos computacionais.
  • Cultura de células.
  • Simuladores de pacientes humanos.
  • Estudos com voluntários.
  • 3R (Replacement, Reduction e Refinement)

Alguns animais ficam imobilizados, têm uma parte do pêlo raspada onde é passado o produto para ser testado até que cause edema ou sangramento. Os animais, após os testes, são sacrificados.

De acordo com a Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais cerca de 115 milhões de animais são usados em pesquisas, por ano, em todo o mundo, sendo que três milhões morrem.

Animais como ratos, coelhos e cachorros são usados desde o século XIX para pesquisar o efeito de doenças e vacinas antes que seu uso seja feito em humanos.

Por que são realizados testes em animais? Os testes em animais são realizados com o propósito de verificar se um produto, medicamento, cosméticos ou produtos de limpeza são adequados para uso humano. Eles levam em consideração a biologia do animal e as doenças que eles apresentam depois da exposição à substância.

Na fila para a “ressuscitação”, temos bichos como o mamute lanoso e o tigre da Tasmânia. Mas a estrela da vez é um animal bem menor: o rato da Ilha Christmas, espécie de roedor extinta há 120 anos.