Por que muitos indígenas morreram?

Perguntado por: rramires . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Milhares morreram no contato direto ou indireto com os europeus e as doenças trazidas por eles, pois não possuíam imunidade natural. Gripe, sarampo, coqueluche, tuberculose, varíola e sífilis são alguns dos males que vitimaram sociedades indígenas inteiras.

Segundo o Cimi, 167 índios foram mortos no período FH. O número subiu para 452 no governo Lula (2003-2010), um crescimento de 170,7%. O secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto, criticou o ritmo de demarcação das terras indígenas nos governos petistas, menor do que o observado nos governos tucanos.

Milhares morreram no contato direto ou indireto com os europeus e as doenças trazidas por eles, pois não possuíam imunidade natural. Gripe, sarampo, coqueluche, tuberculose, varíola e sífilis são alguns dos males que vitimaram sociedades indígenas inteiras.

Apenas em 2023, 42 indígenas morreram na terra ianomami, segundo o Ministério da Saúde. Outros seis óbitos estão sob investigação.

Após a conclusão da Expedição Roncador-Xingu, os irmãos continuaram trabalhando na defesa dos direitos dos povos indígenas. Eles foram responsáveis pela criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961, que foi uma importante iniciativa para preservar a cultura e as tradições dos povos indígenas que lá viviam.

Há registro de que 148 indígenas se suicidaram no país em 2021. O crescente uso de álcool e drogas vem sendo relacionado a situações de invasão de narcotraficantes em algumas áreas indígenas, mas estão especialmente atreladas à falta de perspectivas dos povos indígenas.

Os representantes indígenas encaminharam reivindicações de suas comunidades, trataram de processos de demarcação e debateram propostas de interesse comunitário, como projetos de economia indígena, por exemplo.

A Polícia Federal (PF) anunciou nesta segunda-feira (23) que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips.

Em 2020, o número saiu de 36 para 40 e atingiu um pico em 2021, quando 60 indígenas yanomami morreram por algum tipo de desnutrição. Em 2022, ano cujos dados ainda estão sendo totalizados, o número de mortes por desnutrição chegou a 40.

Estimam-se mais de 25 milhões de índios na América do Norte e cerca de 2 mil idiomas diferentes. Ao fim das chamadas "guerras indígenas", restavam 2 milhões, menos de 10% do total.

Sensíveis às enfermidades trazidas por não-índígenas e, muitas vezes, habitando regiões remotas e de difícil acesso, as populações indígenas são vítimas de doenças como malária, tuberculose, infecções respiratórias, hepatite, doenças sexualmente transmissíveis, entre outras.

A atuação dos jesuítas contra a escravização dos indígenas criou diversos conflitos com colonos interessados nessa atividade. A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609.

As principais causas dos óbitos foram desnutrição grave, diarreia e pneumonia, doenças associadas à fome.

Em abril de 2022, a Hutukara Associação Yanomami revelou em seu relatório Yanomami sob ataque: garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo que a destruição provocada pelo garimpo no território aumentou 46% de 2020 para 2021, passando de 1.038 hectares para 3.272 hectares.

Doenças como varíola, sarampo, febre amarela ou mesmo a gripe estão entre as razões para o declínio das populações indígenas no território nacional, passando de 3 milhões de índios em 1500, segundo estimativa da Funai (Fundação Nacional do Índio), para cerca de 750 mil hoje, de acordo com dados do governo.