Por que Espinosa foi expulso da Igreja?

Perguntado por: uaguiar . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Em 1656, Spinoza foi excomungado de sua sinagoga e expulso da comunidade judaica, por ter se recusado a aceitar determinados aspectos da ortodoxia judaica.

12). Assim sendo, segundo Espinosa, Deus é aquilo que existe por si só, e por mais nada é determinado a existir, e todo o mundo, ou tudo aquilo que existe, existe em Deus e é parte essencial de Deus, ou seja, Deus é tudo e tudo é Deus ao mesmo tempo.

A liberdade inexiste para Baruch Spinoza. O autor é um racionalista e, portanto, se preocupa com as novas noções em sua época acerca do universo. Com isso para sua teoria acerca de uma substância única igual à natureza, isto é, Deus, funcione, não poderá haver liberdade e livre arbítrio.

Quando perguntaram a Einstein se ele acreditava em Deus, ele respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”. “Pare de ficar rezando e batendo no peito!

Em Spinoza, Deus e natureza são idênticos. A natureza e tudo mais que possa existir é apenas modificação dessa substância una: “Deus sive Natura” (Deus, isto é, natureza). Ele está presente em tudo que foi criado. Em Deus, e somente Nele, existência e essência coincidem.

Em outra carta, porém, Einstein nos diz ter para si o Deus de Spinoza, filósofo do século XVII que desenvolveu uma obra extremamente complexa definindo um conceito próprio para a palavra “Deus”, cujos motivos para ter utilizado essa palavra não são poucos.

Deus de Spinoza
Sobre Deus, Einstein chegou a se definir como agnóstico em carta de 1950 a Morton Berkowitz.

Platão concebe Deus como "artífice do mundo", porém com um poder limitado pelo modelo que ele imita: o mundo das ideias ou das realidades eternas. Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa.

Deus para Spinoza é o único motivo da existência de todas as coisas. Deus é a substância única e nenhuma outra realidade existe fora de Deus. Ele é a fonte única e Dele surgem todos os outros elementos. Deus existe em si e foi gerado por si, para existir ele não necessita de nenhuma outra realidade.

A filosofia de Spinoza é voltada para ação na medida em que encoraja o sujeito a perder o medo de viver em ato, estimulando-o a desenvolver uma ciência intuitiva, que o leve a compreender as forças que lhe afetam.

A posição teológica de Spinoza é conhecida pela expressão Deus sive Natura, encontrada originalmente na obra Meditações do filósofo René Descartes, que apresenta a ideia de uma divindade imanente e unida à natureza.

A relação de Espinosa com o judaísmo
Espinosa viveu numa época em que a Holanda presenciava um grande crescimento econômico. Porém, as suas ideias eram consideradas nocivas pelos teólogos e religiosos. Foi acusado de ser blasfemador, ateu e acabou afastado da Sinagoga de Amsterdã em 1656, sendo deserdado pela família.

Para Espinosa, a liberdade humana se refere à potência do corpo e da mente de realizar sua essência de perseverar-se na existência - o conatus referido mais acima. Assim, Espinosa realiza o feito de colocar a essência da liberdade na história.

Esse é o nome que eles deram pra dizer que nosso livre arbítrio não só é relativo como muito provavelmente falso. Nossas escolhas são muito mais fruto da nossa inconsciência do que qualquer outra coisa. Uma ideia incômoda, mas ao mesmo tempo longe de ser um consenso.

Não encontrei Deus no universo, mas Einstein sim, na perfeição e na beleza de suas leis”