Por que e como os jesuítas foram destruídas?

Perguntado por: osanches . Última atualização: 21 de maio de 2023
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O marquês de Pombal ordenou a expulsão dos jesuítas em 1759, e isso foi uma tentativa da Coroa de centralizar a administração colonial e neutralizar a ação de ordens religiosas que atuavam na colônia de maneira autônoma e sem o controle da metrópole.

O declínio dessas reduções se deu pelas divergências das políticas entre Portugal e Espanha, principalmente após o Tratado de Madri, de 1750, em que as reduções do Sul do Brasil ficaram com os portugueses em troca da Colônia do Sacramento para os espanhóis.

Coleção Aluízio Rebelo de Araújo e Ana Helena Americano de Araújo. Em julho de 1640, os moradores da Vila de São Paulo de Piratininga se levantaram contra os jesuítas após eles divulgarem a decisão do Papa de proibir a escravidão indígena.

A estrutura foi completamente destruída quando a igreja foi incendiada pelos índios, ao fugirem dos exércitos português e espanhol, na década de 1750.

Os jesuítas construíram locais chamados missões, onde combinavam a catequese dos nativos com a sua utilização como mão de obra para a produção de tudo o que a missão precisasse.

O grande poderio e influência dos jesuítas na América portuguesa foram contestados durante a administração pombalina (1750-1777), gerando um conflito de interesses entre a Companhia de Jesus e o governo, que culminou com a expulsão dos membros dessa ordem religiosa em 1759.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas.

Apesar de tudo isso, muitos acreditam que eles fossem meros aproveitadores da mão de obra indígena e das riquezas brasileiras. Mesmo com a dedicação heróica na colônia, para com os nativos e colonos, os jesuítas foram perseguidos e expulsos do Brasil.

A ordem possui hoje escolas e universidades em várias partes do mundo, com destacados teólogos e professores. O caráter organizacional foi apontado pelos entrevistados como razão da expansão da ordem pelo mundo.

Com a retirada dos Jesuítas, a Capitania sofreu perda considerável na instrução, na catequese dos índios e na agricultura: uma organização que se desmoronava com prejuízos sem conta. A pobreza, que tinha no Colégio e nas Aldeias amparo silencioso, ficou ao Deus dará.

Brasil Colônia
Para que adotasse a fé cristã, a população indígena tinha de ser instruída e ganhava conhecimentos de leitura e escrita. Além disso, os índios reunidos nesses aldeamentos não eram escravizados, como geralmente ocorria em outros lugares.

Fora dos domínios de Roma, os maiores inimigos dos jesuítas eram os protestantes que haviam sofrido ataques incansáveis da Companhia durante a chamada Contra-Reforma.

Para diminuir a resistência dos indígenas, os jesuítas criaram aldeamentos, chamados de missões, para afastar os povos de sua comunidade e lhes transmitir a cultura e a educação européias. Às vezes, as missões agiam de forma autoritária e violenta. Por isso, muitas foram ineficientes.

A educação jesuítica baseava-se nas virtudes, isto é, nos valores cristãos, e nas letras com ensino da língua. Primeiramente, os padres jesuítas aprenderam a língua da terra (tupi-guarani) para comunicar- se com os índios, aproveitando-se da musicalidade dos nativos e utilizando-a como metodologia de ensino.

As missões sofreram sucessivos ataques, principalmente pelos mercadores de escravos. Como estratégia para livrar os nativos, em 1818, os jesuítas propuseram que os indígenas se tornassem vassalos do rei. Os indígenas também recebiam treinamento militar.