Por que D João fugiu de Portugal?

Perguntado por: agil4 . Última atualização: 18 de fevereiro de 2023
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A vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, está ligada diretamente à Era Napoleônica. A ameaça do imperador francês de invadir o reino de Portugal e a dívida econômica com a Inglaterra fizeram com que o príncipe regente Dom João VI decidisse pela fuga para o Brasil.

Após permanecer alguns dias em Salvador, a família real portuguesa partiu para o Rio de Janeiro, desembarcando lá em 8 de março de 1808. Ainda em Salvador, o regente tomou a primeira medida importante que marcou o Período Joanino: a abertura dos portos do Brasil para as nações amigas.

Em finais de Novembro de 1807 a família real portuguesa realiza uma apressada saída de Lisboa para escapar aos invasores franceses. A corte muda-se para o Brasil onde vai ficar até 1821. A família real parte de Lisboa em Novembro de 1807 e chega ao Brasil em Janeiro do ano seguinte.

Afinal, foi o bloqueio continental, imposto por Napoleão Bonaparte à Europa, que fez a corte portuguesa mudar-se ao Brasil no início do século 19.

Em meio à traição do irmão e a sucessivas crises econômicas e políticas no Brasil, Dom Pedro I abdicou ao trono brasileiro em virtude de seu filho Pedro de Alcântara, de 5 anos. Voltou à Europa, onde organizou um exército para lutar contra Miguel na Guerra Civil Portuguesa, em 1834.

João VI ordenou a transferência da corte portuguesa para o Brasil. O embarque da corte portuguesa aconteceu entre os dias 25 e 27 de novembro de 1807. Estima-se que de 10 a 15 mil pessoas tenham se mudado para o Brasil junto com o rei português |1|.

Mas se é verdade que o monarca deixou o Rio de Janeiro em finais de abril de 1821, após 13 anos de vida nos trópicos, não só a rota para Lisboa passava muito a noroeste de Santa Helena, ilha mais próxima de África do que do Brasil, como o deposto imperador francês estava já demasiado doente para alimentar rancores, a ...

Atualmente, a Família Imperial Brasileira mora em uma casa alugada em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista, e é composta por sete pessoas, descritas a seguir por ordem de sucessão no trono. Sua Alteza Imperial e Real (S. A. I. R.)

A prerrogativa era de que o jovem príncipe defendesse os interesses da coroa diante de qualquer inimigo. Em 1808, a família real portuguesa desembarcou, como quem chega de mudanças ao Brasil. Isso porque Portugal estava prestes a ser invadido pelo líder militar francês Napoleão Bonaparte.

Atualmente, o bisneto da Princesa Isabel, dom Luiz de Orleans e Bragança é o chefe da Casa Imperial do Brasil e primeiro na linha de sucessão do trono. Seguido dele está o príncipe imperial do Brasil, dom Bertrand de Orleans e Bragança, que completou 80 anos em dezembro do ano passado.

A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registrando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da colônia passou a ser exercida a soberania e o governo do império ultramarino português.

A vinda da família real trouxe como benefício a abertura dos portos as nações amigas; instalações de fábricas; criação da imprensa régia; criação do banco do Brasil; casa da moeda, do jardim Botânico, da Biblioteca e do teatro Real, e das escolas de medicina na Bahia e no Rio de Janeiro.

A esquadra portuguesa com o príncipe regente aportou, assim, em Salvador, em 22 de janeiro de 1808, após 54 dias de viagem.

Dom João no Brasil
Ali, institui a primeira Faculdade de Medicina do Brasil e decreta a Abertura dos Portos às Nações Amigas. Na prática, este tratado põe fim à condição de colônia ao Brasil, pois até o momento, somente as embarcações portuguesas poderiam fazer o comércio com o Brasil.

Os governantes de Portugal reconheciam a vantagem estratégica de um território localizado no litoral atlântico-sul. Ele servia como escala dos navios rumo às riquezas das Índias e, sobretudo, ajudava a garantir o monopólio da Rota do Cabo, em direção às Índias.

Desta maneira, antes de voltar para Portugal por conta da Revolução Liberal do Porto, deixou seu filho e herdeiro no Brasil. Entretanto, o próprio Dom Pedro considerava a ideia de se afastar da corte portuguesa, seja por influência de pessoas como José Bonifácio, seja pelo apoio da sua esposa, Dona Leopoldina.