Por que criamos memórias do que nunca aconteceu?

Perguntado por: nsalgado . Última atualização: 3 de abril de 2023
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Nosso cérebro tem a capacidade de pregar muitas peças e, inclusive, recordar acontecimentos que nunca se concretizaram. Conhecida como “memória falsa”, ela é mais recorrente do que se pensa, e o problema é que a pessoa que sofre dessa situação não consegue distinguir entre o que é real e aquilo que não é.

Evolutivamente, o aparecimento da capacidade de guardar informações foi o que nos deu "humanidade". Então, ela não serve apenas para que você se lembre de fatos e de datas. É ela que possibilita que você seja humano e também que você saiba quem você é.

“A única maneira de distinguir uma memória verdadeira de uma falsa é ver como e quando a memória foi lembrada pela primeira vez — e mesmo isso não pode lhe dizer com certeza se algo é verdadeiro, falso ou mentira. Mas é uma abordagem muito melhor do que apenas usar seu pressentimento para decidir.”

Atuação

  1. Atendimento Clínico Psiquiátrico.
  2. Eletroconvulsoterapia (ECT)
  3. Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr)
  4. Psicoeducação.
  5. Psicoterapia.

É consenso entre os especialistas que os primeiros anos de vida são fundamentais na formação de cada indivíduo, mas apesar da importância que eles têm, não é possível lembrar do que vivemos antes de completar 30 meses, ou dois anos e meio de idade.

Muitos especialistas consideram três tipos de memória: sensorial, de curto prazo e de longo prazo.

Realizar uma única audiência de oitiva de testemunha, evitando ouví-la várias vezes; Promover a redução do tempo entre a ocorrência do fato e a oitiva da testemunha, para que ocorra o menor esquecimento e distorção possíveis.

A memória ocorre pela formação de conexões pelos neurônios ou células nervosas no cérebro. Tais conexões são ligadas por pontos chamados sinapses. Processos de memorização. A memória é a capacidade de armazenar informações de modo que essas possam ser recuperadas quando buscamos recordá-las.

Entende- mos que as lembranças que temos e o passado que recordamos susten- tam nosso sentido de identidade. Segundo Rüsen (2001) todos os seres humanos teriam uma necessidade antropológica de estabelecer um sen- tido de passado, uma orientação no tempo que permitiria ao ser huma- no uma localização espaço-temporal.

Um estudo feito na Universidade Memorial de Terra Nova, no Canadá, concluiu que as memórias mais antigas das pessoas são de quando elas tinham 2 anos e meio de idade, em média. O estudo demorou 21 anos para ser feito e levou também em consideração uma revisão de dados previamente coletados.

Até o momento não existem técnicas ou métodos avançados que consigam apagar alguma memória específica. Porém, o nosso próprio cérebro tem um mecanismo chamado “poda sináptica”, onde ele limpa diariamente o conteúdo que considera excessivo ou desnecessário.

Ideia Fixa (lembrança obsessiva): imagens da memória e conteúdos ideativos surgem espontânea e constantemente na consciência e a pessoa não consegue se desvencilhar.

Chamamos este fenômeno - de falsas memórias compartilhadas para certos ícones culturais - de "Efeito Mandela visual". As pessoas costumam ficar surpresas quando percebem que têm as mesmas memórias falsas que outras pessoas.

Intrusões ou memórias intrusivas são recordações involuntárias e espontâneas relacionadas a eventos enquanto a ruminação se caracteriza por ser um pensamento circular improdutivo sobre o evento e/ou suas conseqüências.

A intervenção psicoterapêutica através de EMDR (Eye Movement Dessensitization Reprocessing) é das técnicas mais rápidas e eficazes para desbloquear o sistema nervoso, de forma a permitir que o cérebro processe as experiências traumáticas e as armazene de um modo mais adaptativo.

Em psiquiatria, confabulação (verbo: confabular) é um erro de memória definido como a produção de memórias fantasiosas, distorcidas ou mal interpretadas sobre si mesmo ou do mundo, sem a intenção consciente de enganar.

Use a terapia de conversa focada em traumas para recuperar memórias reprimidas. O processo é demorado, mas falar das coisas que você viveu e as sensações que teve ajuda a liberar as memórias escondidas na sua mente aos poucos. O psicólogo vai ouvir você falando dos seus problemas atuais e passados.

Especialistas já chegaram no consenso de que o ser humano costuma lembrar do que aconteceu apenas a partir dos três anos de idade. Algumas pessoas pensam que são capazes de recordar momentos muito mais antigos, mas para a ciência, isso provavelmente é parte de um efeito chamado "confabulação".