Por que Babilônia significa porta de Deus?

Perguntado por: otorres . Última atualização: 24 de maio de 2023
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Babilônia significa "Porta de Deus", os judeus, no entanto, dizem que é um termo de origem hebraica, que significa "grande confusão", e inclusive aparece na Bíblia. Babilônia foi um império, que fez história, principalmente com a figura do Rei Nabucodonosor, e teve um papel fundamental na história da Mesopotâmia.

A destruição da Babilônia profetizada, em Isaías 13, simboliza o que acontecerá aos que lutarem contra o povo de Deus e cujo coração esteja voltado para as coisas do mundo em vez das coisas de Deus. Isaías 14 fala mais especificamente sobre o rei da Babilônia, a quem Isaías comparou a Lúcifer, ou Satanás.

Ele profetizou que Deus quebraria o jugo da Babilônia em dois anos. Jeremias disse que o tempo provaria se ele estava certo ou errado. O Senhor, porém, inspirou Jeremias a dizer a Hananias que sua profecia não era verdadeira e que Hananias morreria em breve. Hananias morreu, como Jeremias dissera.

Segundo relata o Cilindro de Ciro, na origem da queda da Babilónia esteve uma ordem dada pelo deus Marduk ao imperador persa no sentido de conquis- tar a cidade. O deus tutelar da Babilónia pretendia punir o rei Nabónido pelo seu desrespeito pelo culto.

Babel era a capital do Império Babilônico, foi muito rica e poderosa, pois representava um centro político, militar, cultural e econômico do mundo antigo, recebendo imigrantes de todas as partes.

Originários dos povos amoritas que habitavam a região sul do deserto árabe, os babilônios foram uma das civilizações que ocuparam a região mesopotâmica. Promovendo a dominação dos acadianos, os amoritas realizaram um processo de expansão territorial que alcançou várias cidades da Mesopotâmia.

A civilização babilônica, que existiu do século XVIII ao VI a.C., era, como a suméria que a precedeu, de caráter urbano, embora baseada mais na agricultura do que na indústria. O país era constituído por 12 cidades, cercadas de povoados e aldeias.

Atualmente, a Babilônia se encontra aberta para receber turistas do mundo inteiro. Entretanto, 16 anos após a execução de Saddam, a grandiosa construção está completamente abandonada. As paredes dos enormes salões estão pichadas e cacos de vidros quebrados são vistos pelo chão.

O fato de o rei Nabucodonosor ser chamado por Deus de “meu servo” apenas significa que ele fez parte do plano soberano do Senhor. Isso quer dizer que nosso Deus é Senhor sobre tudo e todos, e utiliza até mesmo um rei megalomaníaco, como Nabucodonosor, para cumprir os seus propósitos eternos.

Salmos 137:

Salmos 137:1-5 NAA
Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.

Após a morte de Nabucodonosor, o Segundo Império Babilônico entrou em decadência por falta de administração, levando a conflitos internos. No ano de 539 a.C., os babilônios acabaram conquistados e submetidos, pelo rei Ciro II, ao Império Persa.

Por volta de 1900 a.C., um novo processo de invasão territorial dizimou a dominação dos sumérios e acádios na região mesopotâmica. Dessa vez, os amoritas, povo oriundo da região sul do deserto árabe, fundaram uma nova civilização que tinha a Babilônia como sua cidade principal.

Ciro

Em 539 a.C. Ciro invadiu a Babilónia. A reconstrução histórica da queda da Babilónia às mãos do Império Aquemênida é problemática, devido às inconsistências entre os diversos documentos que servem de fonte documental.

Hammurabi

O Primeiro Império Babilônico foi criado por Hammurabi na baixa Mesopotâmia. Hammurabi liderou a Babilônia, controlando o maior Império de Ur. Era a dinastia dos amoreus, que terminou no século XVI, quando a região foi invadida pelos hititas.

Ciro I

O conhecido Cativeiro Babilônico, que durou meio século, foi interrompido quando o rei persa Ciro I conquistou a Babilônia e libertou os judeus. A libertação judaica foi interpretada como uma oportunidade de se reconquistar a região Palestina. Dessa forma, os judeus buscaram recompor o antigo Reino de Judá.

Antes disso, alguns pequenos grupos já tinham sido capturados e exilados, mas a grande deportação ocorreu mesmo a partir de 587 a.C. Na verdade houve três invasões significativas de Judá por parte dos babilônicos.

Jeremias

No capítulo 25, Jeremias profetizou com toda a certeza que a Babilônia conquistaria Judá porque a nação rejeitara as palavras de Jeremias e de outros profetas (como Leí). Além disso, Jeremias profetizou que Judá serviria a Babilônia por setenta anos, quando então outro reino conquistaria a Babilônia.

Deus teria causado confusão na humanidade estabelecendo diferentes idiomas, o que impediu que a torre fosse construída. Esse mito é encontrado em Gênesis 11:1-9. Os historiadores acreditam que a Torre de Babel possa corresponder a um zigurate que foi construído na Babilônia.

Num vale em Senaar, decidiram construir uma torre que alcançasse o céu, para que se tornassem célebres e não se dispersassem. Frente a tamanha soberba, Deus decidiu lhes confundir a linguagem para que não compreendessem uns aos outros, e os dispersou pela superfície da Terra.

sumérios

O que os historiadores podem concluir do mito é que a Torre de Babel, caso tenha existido mesmo, teria sido um zigurate. Esse tipo de construção foi desenvolvido pelos sumérios, por volta de 3000 a.C., e se tornou bastante comum em toda a Mesopotâmia.