Por que Auschwitz não pode se repetir?

Perguntado por: esilveira . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação” (Adorno, 1965). Tal colocação é uma exigência fundamental para aqueles que pretendem olhar para o momento histórico atual de maneira sólida, real e concreta, observando fatos e somando experiências não somente teóricas, mas práticas.

Em janeiro de 1945 as forças soviéticas libertaram Auschwitz, em fevereiro o de Gross-Rosen, em abril os de Sachsenhausen e Ravensbrueck, e em maio o de Stutthof.

Neste contexto Adorno introduz o problema da liberdade. Para o filósofo, o fato das pessoas não saberem lidar direito com sua própria liberdade e responsabilidade, faz com que elas substituam com facilidade os seus superegos por autoridades externas.

Uma placa na entrada do campo dizia: “ARBEIT MACHT FREI”, que significa “o trabalho liberta”. Na realidade, o que acontecia era o oposto. O trabalho se tornou outra forma de genocídio, chamada pelos nazistas de “extermínio por meio do trabalho”.

Similar à maioria dos campos de concentração alemães, Auschwitz I foi construído com três finalidades: 1) prender os inimigos reais e imaginários do regime nazista, e das autoridades de ocupação alemãs na Polônia, por um período indeterminado; 2) ter à disposição uma grande oferta de trabalhadores forçados para alocar ...

Na rotina de Auschwitz, como conta Gilbert (2010), os prisioneiros tinham de se levantar as 3h30 da madrugada e recebiam como primeira refeição chá de ervas, às 5 horas marchavam para seu lugar de trabalho de onde retornavam entre 18 e 19 horas da noite aos procedimentos do campo, em que uma das tarefas era carregar os ...

Korczowski e Pogonowski estavam entre os primeiros prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, que foi erguido no início de 1940 nos edifícios de um antigo quartel polonês.

Fundado pelos alemães em 1940, nos subúrbios de Oswiecim, cidade polonesa, Auschwitz era um campo de concentração e extermínio nazista. Em 1942, tornou-se o maior dos centros de extermínio onde foi realizada a "Endlösung der Judenfrage", também conhecida como a 'solução final para a questão judaica'.

Auschwitz foi o maior e mais terrível campo de extermínio do regime de Hitler. Em suas câmaras de gás e crematórios foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. No auge do Holocausto, em 1944, eram assassinadas seis mil pessoas por dia.

Quem foi Andor Stern, único brasileiro a sobreviver ao horror de Auschwitz.

Pós campo de Auschwitz, Eva relata como foi conviver com seus traumas, medos e inseguranças no mundo. Ainda existia o preconceito contra o povo judeu, mesmo pós holocausto. A mãe de Eva, juntamente com Otto, realizaram um trabalho lindo para que a história do holocausto, a história de Anne, não fosse perdida.

Theodor Adorno foi um filósofo, sociólogo, musicólogo e crítico musical alemão. Também foi um dos maiores críticos da degradação gerada pelo capitalismo em nome das forças que mercantilizam a cultura e as relações sociais.

O primeiro campo de concentração para o extermínio de judeus desenvolvido por Globocnik foi o de Belzec, na Polônia. Esse campo foi designado para matar os judeus que lá chegassem o mais rápido possível. A ideia era construir as câmaras de gás e utilizar o monóxido de carbono para a execução.

Auschwitz-Birkenau

O maior campo de extermínio foi Auschwitz-Birkenau, que no começo de 1943 já possuía quatro câmaras de gás que operavam com o gás venenoso Zyklon B. No auge das deportações, mais de 6.000 judeus eram asfixiados por dia com este gás, em Auschwitz-Birkenau, Polônia.

Por que alguns judeus que sobreviveram ao Holocausto têm um número tatuado no braço? O complexo do campo de Auschwitz era a única instituição a tatuar sistematicamente os presos com seus números de prisão, para facilitar sua identificação após a morte por fome, doença ou brutalidade no campo.

A libertação dos prisioneiros
Quando o Exército soviético chegou ao campo de Auschwitz em 27 de janeiro de 1945, os soldados foram confrontados com um cenário terrível: apenas cerca de 7 mil prisioneiros esqueléticos e doentes terminais haviam sobrevivido, 500 deles eram crianças.

12€

Quanto custa entrar em Auschwitz
A entrada em Auschwitz é grátis se visitar de forma independente, mas deve ser marcada online. Se desejar estar acompanhado por um guia terá de pagar e o preço ronda os 12€ por pessoa (50 zloty).

Zyklon B

Em setembro de 1941, no campo de Auschwitz, na Polônia, eles realizaram experiências com o gás Zyklon B (utilizado para fumigação), envenenando cerca de 600 prisioneiros de guerra soviéticos e 250 prisioneiros enfermos. O Zyklon B, em forma de comprimido, se transformava em gás letal quando entrava em contato com o ar.

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