Por que as pessoas não tomavam banho na Idade Média?

Perguntado por: nparaiso . Última atualização: 4 de maio de 2023
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Desde que o Império Romano caiu até ao século XVII, tomar banho era um pecado que podia 'chamar' as doenças. E isso era válido em casas pobres e em palácios. Recorde a parte fedorenta da História.

Monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano.

Mal sabemos que, no passado, o banho foi considerado pecado e caminho para o Inferno. Isso ocorreu quando o Papa Gregório proibiu terminantemente os cristãos de tomar banho. Gregório foi um papa genial e doutor da Igreja, mas cometeu essa barbaridade ouvindo os médicos que o assessoravam.

O que fazia os judeus serem menos suscetíveis a doenças era uma recomendação religiosa que seguiam: lavar as mãos antes das refeições e tomar banho ao menos uma vez por semana.

“Não tomar banho leva ao acúmulo de oleosidade, células mortas e poluição, agravando o envelhecimento cutâneo. Além de aumentar o risco de micoses e infecções bacterianas. O banho diário deve ser estimulado”, complementa.

Entre os antigos egípcios é onde encontramos os mais antigos relatos sobre o hábito de se tomar banho. Segundo documentos de mais de 3000 anos, o ato de tomar banho era sagrado e parecia ser uma forma de purificar o espírito do indivíduo. Não por acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia.

Na Idade Média, não existiam os dentifrícios, isto é, pastas de dentes, muito menos escovas de dentes ou perfumes, desodorantes muito menos e papel higiênico, nem pensar. As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio.

Existem documentos de mais de 3.000 anos que relatam os costumes egípcios de tomar banhos diários, em uma média de três por dia. Tratava-se de uma prática ritualística com o intuito de purificar o espírito por meio do corpo.

Na Antiguidade, a ausência de redes encanadas e esgotos era suprida com a utilização de copos e bacias que permitiam a realização do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados.

A ordem para o banho era a seguinte: primeiro o pai, depois a mãe, em seguida os filhos, sempre do mais velho para o mais jovem. O último, provavelmente, já pegava uma água no mínimo turva. Nesta época, também não existia escova nem pasta de dente. As pessoas faziam a higiene bucal com água e um pedaço de pano.

As pessoas se lavavam, mesmo sem banhos quentes. Quando você está na banheira, as células mortas da pele, pêlos, poeira e sujeira, misturado com sabão, ficam na superfície da água.

ESTUDO BÍBLICO 5 O ensino bíblico sobre a higiene
Leia Levítico 11:32-40 e 13:29-59. A necessidade de isolamento e de se lavar são freqüentemente enfatizadas. Mesmo hoje em dia, pode ser difícil distinguir entre diferentes tipos de infecção e é melhor não correr riscos.

O legado indígena para os brasileiros
Também veio deles o costume de tomar banho diariamente, ato que os portugueses evitavam. “Nessa época, os europeus tomavam de um a dois banhos por ano, e apenas por recomendação médica”, conta Eduardo Bueno.

O banheiro era comunitário e não necessariamente havia diferenciação de gênero. Todos se sentavam lado a lado em uma latrina coletiva. Ali as pessoas faziam suas necessidades enquanto interagiam, debatiam assuntos diversos e, até mesmo, realizavam banquetes.

Leia Deuteronômio 28:12 e Salmo 65:9. Limpeza Será que Deus se importa com nossa higiene física? "Purifiquemo-nos de tudo que contamina o corpo e o espírito." — 2 Coríntios 7:1, Nova Versão Internacional. O QUE A BÍBLIA DIZ Nosso Criador nos ama e quer que tenhamos boa saúde e uma vida longa e produtiva.