Por que as pessoas eram torturadas na ditadura militar no Brasil?

Perguntado por: ejesus . Última atualização: 24 de maio de 2023
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A tortura também foi um dos mecanismos da repressão e do autoritarismo da Ditadura Militar. A tortura era realizada, principalmente, contra opositores do regime, pessoas que, na ótica dos militares, eram vistas como subversivas.

No entanto, quando esse modelo de governo não consegue agradar a população, os militares realizam atitudes de crueldade contra os opositores, desrespeitando todos os princípios do Direitos Humanos através de torturas e perseguições. Isso foi o que aconteceu no período de Ditadura Militar no Brasil.

Os principais motivos do golpe foram econômicos. Um presidente cujas propostas ameaçavam privilégios de classe precisava ser detido pela elite. Foi o que aconteceu. A partir de então, instalou-se um regime que muitos historiadores chamam de complexo burguês-militar.

A principal justificativa apresentada pelos militares que tomaram o poder em 1964 foi a aproximação do presidente João Goulart com o comunismo. Na visão dos líderes do golpe, Jango estaria prestes a tomar medidas radicais que levariam o Brasil a se tornar um país comunista na América do Sul.

Dentre os tipos de torturas mais utilizadas, destacam-se 10: pau-de-arara, choque elétrico, pimentinha, afogamento, cadeira do dragão, geladeira, palmatória, produtos químicos, agressões físicas e tortura psicológica.

Empalamento

Empalamento
O empalamento é uma das técnicas de tortura mais conhecidas e terríveis da Idade Média. Inimigos eram atravessados por enormes estacas, geralmente começando pelo ânus e seguindo até a boca. A vítima podia levar até três dias para morrer em agonia.

O Governo de Humberto Castello Branco estendeu-se de 1964 a 1967 e ficou caracterizado por implantar as bases da política de repressão da Ditadura Militar. Ouça o texto abaixo em aúdio! O marechal Humberto Castello Branco foi o primeiro presidente brasileiro durante o período da Ditadura Militar.

Dívida externa, política de terras, distribuição de renda e produção de energia são bons exemplos disso. O que aconteceu com a família de Oppenheimer? Todo balanço da ditadura acaba sendo negativo – afinal, foram anos de repressão e violência, em que a vontade dos governados contou menos que a dos governantes.

A Ditadura Militar ficou marcada por ser um período de exceção, no qual todo tipo de arbitrariedade foi cometido pelo governo em nome da “segurança nacional”. A ditadura ficou marcada pelas prisões arbitrárias, cassações, expurgos, tortura, execuções, desaparecimento de cadáveres e até mesmo por atentados com bombas.

As metáforas foram usadas para evitar o choque direto com a censura. Um exemplo é a canção Cálice, de Chico Buarque e Gilberto Gil, em que a palavra que dá título à composição tem som idêntico à expressão “cale-se”.

Os quase 21 anos de sucessivos governos militares foram marcados pela restrição de direitos políticos, forte censura aos meios de comunicação e culturais e pela intensa perseguição policial aos opositores do Regime, envolvendo inúmeros casos de tortura e assassinatos.

Tínhamos uma rede física expandida, mas totalmente sucateada; os investimentos em educação foram reduzidos; os professores estavam com seus salários corroídos e sua formação, desprezada; a carreira docente estava desvalorizada e não havia incentivo à formação continuada.

Entre 1964 e 1985, o Brasil se modernizou, mas a desigualdade social aumentou, assim como a repressão política, a dívida externa e a inflação, que voltou a ser galopante nos anos 80. A economia do país também cresceu.

"Os militares alcançaram resultados bem positivos do ponto de vista econômico na primeira metade do regime: conseguiram controlar a inflação (em um primeiro momento), aumentaram a produtividade da economia, modernizaram a máquina pública e o parque industrial.

O relatório final da Comissão Nacional da Verdade afirmou que, durante a ditadura, 434 pessoas morreram ou desapareceram. Um deles foi Honestino Monteiro Guimarães, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), em 1971.

Cada governo imprimiu uma característica distinta ao regime, que teve três fases principais: “O disfarce legalista para a ditadura (1964-1968), Anos de Terror de Estado (1969-1978) e Reabertura Política (1979-1985).