Por que as pessoas confundem tanto grafite e pichação?

Perguntado por: efreitas6 . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Primeiramente, tanto a pichação quanto o grafite são pinturas feitas em muros, imóveis ou monumentos públicos e privados. Essa é a principal semelhança entre eles e o grande motivo da confusão entre os dois. O que difere essas duas práticas, contudo, são as formas das pinturas.

A pichação é considerada essencialmente agressiva e desprovida de valores artísticos. É feita em locais públicos, geralmente à noite, sendo vista como uma forma de ataque e vandalização a um bem público.

Para a maioria da sociedade, o conceito pode estar muito bem definido diante da lei que considera a pichação como crime – enquanto o grafite é visto como uma imagem embelezadora de locais públicos, mas considerado legal apenas se tiver a autorização para ser realizado.

Resposta. O grafite ainda é visto por muitos como Vandalismo e badernagem, embora tenha vários museus ao redor do mundo, acaba não sendo considerado arte, muito disso se dá ao fato de ter surgido na rua e em comunidades periféricas.

A pichação é considerada visualmente agressiva, e contribui para a degradação da paisagem urbana, é considerada como um vandalismo sem nenhum valor artístico.

O que difere essas duas práticas, contudo, são as formas das pinturas. A pichação, geralmente, é feita em tinta preta e contém símbolos ou dizeres. O grafite, por sua vez, se refere a desenhos.

O grafite se refere a uma manifestação artística, que envolve um processo de criação feito com autorização. Já a pichação é uma intervenção agressiva associada a atos de vandalismo.

Infelizmente, ainda existem pessoas com preconceitos em relação à arte urbana por uma série de razões, incluindo a falta de compreensão do seu significado e importância cultural, o medo da mudança e da desconstrução da arte tradicional e uma visão estereotipada de que a arte urbana é apenas grafite ilegal ou vandalismo ...

Diferente do grafite, a pichação não tem o intuito de ser aceita, muito menos de se tornar agradável aos olhos. Ela inclusive serve para incomodar e gerar desconforto com o que deseja transmitir. Por esse motivo é que o picho acaba sendo considerado como um ato de vandalismo e crime.

Finalidade das pichações
A pichação é considerada um ato político, principalmente de jovens da periferia, que usam as paredes da cidade para se comunicar e protestar contra as desigualdades sociais dos centros urbanos.

O trabalho revela que este comportamento reflete a necessidade de visibilidade e reconhecimento social que o pichador busca. "O envolvimento com a criminalidade é a busca de uma construção de identidade, assim como aqueles que se destacam pela cultura.

Alcides afirma que o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive e é reconhecido como uma arte democrática e manifestação genuína da criatividade popular.

O primeiro registro de pichação como arte no Brasil foi o emblemático “Abaixo a Ditadura”. Era o começo da street art brasileira. A pichação política nasceu no meio universitário, na década de 1960, com influência do movimento estudantil de Maio de 68 francês.

Quais impactos ela causa? Locais repletos de arte urbana são convidativos, já que têm um atrativo cultural exposto, intermediado somente pelo espaço. A partir do momento em que o interesse em visitá-lo cresce, aumenta também a ocupação de um ambiente que geralmente é desvalorizado ou descuidado pelas autoridades.

Além disso, o preconceito artístico cultural se relaciona com a ignorância social e baixa escolaridade. E aqui temos um outro problema, que é a questão de acessibilidade cultural.

O grafite ainda é algo que causa controvérsia. Por alguns é considerado uma forma de arte urbana. Outros acreditam que, como a pichação, o grafite também é apenas vandalismo ou poluição urbana. O grafite, surgiu nas décadas de 70 e 80 e foi trazido ao Brasil pouco tempo depois.

Além de promover uma visão mais crítica do mundo, pois boa parte dos grafites transmitem mensagens de cunho social apontando problemas da comunidade ou sociedade.

Datada de 25 de maio de 2011, a lei 12.408/11 constituiu um marco para a arte urbana brasileira. Ao inserir o §2º no dispositivo acima, dispôs-se, com clareza, aquilo que as paredes das cidades brasileiras já estampavam: grafite não é crime.

A instalação de câmeras, cercas elétricas e grades de proteção ajudam a combater o problema", afirma ela. Outra iniciativa que tem sido adotada por algumas pessoas é a fixação de placas na fachada dos imóveis com apelos aos pichadores. Normalmente, os avisos pedem que as paredes e muros sejam poupados.