Por que as palavras índio e indígena foram utilizadas para designar os diversos povos que habitaram a América antes da chegada dos europeus?

Perguntado por: ebrito2 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Índio: A palavra índio deriva do engano de Colombo que julgara ter encontrado as Índias, o "outro mundo", como dizia, na sua viagem de 1492. Assim, a palavra foi utilizada para designar, sem distinção, uma infinidade de grupos indígenas; Gentio: O coletivo gentio foi utilizado pelos jesuítas.

Os índios foram os primeiros habitantes do Brasil, antes mesmo da chegada dos portugueses eles já habitavam as nossas terras.

Em sua chegada ao Brasil, os portugueses acreditavam que os indígenas falavam apenas uma língua, pois eles não entendiam seus dialetos, portanto, apesar de existirem vários troncos linguísticos, mesmo o Tupi sendo mais popular, essas linguagens se confundiam perante à percepção dos portugueses.

Ser tribo é estar sob o domínio de um senhor ao qual se deve reverenciar. Observem que essa é a lógica colonial, a lógica do poder, a lógica da dominação.” Dessa forma, o indicado é substituir a palavra por “povo”.

É o que define a Lei 14.402, de 2022, promulgada na sexta-feira (8) pelo presidente Jair Bolsonaro. A mudança do nome da celebração tem o objetivo de explicitar a diversidade das culturas dos povos originários. A alteração ocorreu com a aprovação do PL 5.466/2019, que revoga o Decreto-Lei 5.540, de 1943.

Pela primeira vez, o Brasil celebra neste 19 de abril o "Dia dos Povos Indígenas" - e não mais o "Dia do Índio", como a data era conhecida até o ano passado. A mudança foi oficializada em julho de 2022 com a aprovação da Lei 14.402.

Antes de ser Brasil, o país era chamado pelos índios de Pindorama, que na língua nativa significava “região ou país das palmeiras”.

Por que há necessidade de falar sobre povos indígenas nas regiões em que essa população é minoritária? As Terras Indígenas são importantes para proteger populações indígenas, sua cultura e modo de vida, mas também auxiliam na conservação dos recursos naturais.

Os principais grupos foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. Povos indígenas: antes do descobrimento do Brasil, o território já era habitado por povos nativos, nesse caso, os índios. Existem diversos grupos indígenas no país, entre os principais estão: Karajá, Bororo, Kaigang e Yanomani.

O ponto de partida da língua-geral foi o tupi, língua falada pelos tupinambás, povos indígenas que habitavam o litoral do Brasil. O desenvolvimento dessa língua possibilitou um maior entendimento da organização social dos índios e, por conseguinte, facilitou a ação de conversão operada pelos jesuítas.

Há heranças do tupi também em verbos, como cutucar, e em expressões populares como estar na pindaíba ou ficar jururu. A contribuição do tupi, no entanto, não ficou restrita ao Brasil. Algumas palavras indígenas brasileiras ganharam o mundo e influenciaram idiomas como o inglês e o francês.

Se as línguas deixam de existir, desaparecem com elas os sistemas de conhecimento que fazem parte do que chamamos de diversidade cultural. A língua é um dos elementos mais importantes da cultura de um povo. A situação das línguas indígenas é um reflexo de como viveram e vivem os seus falantes.

Apesar de tudo que viu, Colombo não acreditou que tinha chegado a um continente desconhecido. Ele acreditou estar na Índia, e, por isso, nomeou os locais de “índios”.

A diversidade de povos culturas na América é anterior ao processo de colonização europeia iniciado no século XV. No entanto , a colonização modificou costumes e dinâmicas da população do continente.

É por esta questão que deve-se evitar o termo “índios” e trabalhar com a perspectiva de povos indígenas. O conceito de índio pode ser considerado em muitos casos um equívoco: quando os europeus chegaram à América, acreditavam estar na Índia, pois até então nosso continente era desconhecido.

Várias palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como palavras ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e palavras que são utilizadas como nomes próprios (como o parque do Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira” quer dizer ...