Por que Alexandra matou o filho?

Perguntado por: ereis4 . Última atualização: 24 de abril de 2023
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Conforme denúncia do Ministério Público, Alexandra matou o filho Rafael por se sentir incomodada com as negativas dele em acatar suas ordens e diminuir o uso do celular e os jogos online.

O garoto foi encontrado morto em maio de 2020, em Planalto, após a própria Alexandra indicar o local onde estava o corpo do filho, dentro de uma caixa de papelão. Uma corda de varal foi usada para asfixiar o garoto até a morte.

PORTO ALEGRE - Alexandra Salete Dougokenski, de 35 anos, foi condenada a 30 anos e 2 meses de prisão pela morte do filho, Rafael Winques. Na época do assassinato, o menino tinha 11 anos de idade. Conforme a denúncia, o crime ocorreu na noite de 14 de maio de 2020.

"A única responsável pela morte do Rafael é a Alexandra. Ela agiu sozinha, ela premeditou o crime, ela executou o crime e ela passou 10 dias enganando toda a comunidade tentando despistar a real localização do corpo e, consequentemente, a prática do crime", diz a promotora Michele Taís Dumke Kufner.

Ele pegou uma faca e veio para cima de mim. O Rafael viu e se jogou e ficou em cima de mim'', contou Alexandra. Ao ser questionada pela juíza Marilene Parizotto Campagna sobre os medicamentos encontrados pela perícia no organismo do menino, Alexandra disse que ministrou "uns dois dias antes" do ocorrido.

Alexandra Salete Dougokenski, de 35 anos, foi condenada a 30 anos e 2 meses de prisão pela morte do filho, Rafael Winques. Na época do assassinato, o menino tinha 11 anos de idade. Conforme a denúncia, o crime ocorreu na noite de 14 de maio de 2020.

A Promotoria entendeu que Rafael foi morto enquanto estava dormindo, por não ter sinais de reação. Alexandra é denunciada também por ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual (a última por ter alterado um calendário sinalizando a data na qual Rafael desapareceu).

Mãe é considerada culpada pela morte de Rafael
Alexandra foi condenada a 30 anos e dois meses de reclusão em regime inicial fechado. Ela também deverá cumprir seis meses de detenção e pagar 30 dias-multa. Juíza calcula tempo de pena a ser cumprida por Alexandra.

Rodrigo Winques

Mais tarde, o filho dela e irmão de Rafael, Anderson Dougokenski, e o pai da vítima, Rodrigo Winques, foram ouvidos. Hoje com 19 anos, Anderson pediu a absolvição da mãe pela morte do irmão.

No caso de Alexandra, os anos de pena pelos crimes hediondos de homicídio qualificado e ocultação de cadáver superam em muito os seis meses de detenção por fraude processual. Por isso, a condenada cumprirá o regime fechado.

Jean Severo

A defesa de Alexandra Dougokenski, o advogado Jean Severo relatou que irá recorrer da sentença.

25 de maio – O corpo de Rafael foi encontrado dentro da caixa de papelão.

O Advogado Jean Severo sustentou que o ex-companheiro de Alexandra e pai de Rafael, Rodrigo Winques, é o verdadeiro autor do crime. Afirmou que a ré não tinha motivos para matar o filho e que não contou a verdade desde o início por sentir medo de Rodrigo.

Segundo o Ministério Público (MP), o pai e o irmão do menino devem ser ouvidos como testemunhas. Rodrigo Winques, pai da vítima, foi indicado para testemunhar pela acusação e pela defesa.

Alexandra foi condenada a 30 anos e 2 meses de reclusão e 6 meses de detenção. A sentença foi lida pela juíza Marilene Campagna por volta das 23h40min desta quarta-feira (17).

Leandro Boldrini, pai: preso
Com a condenação de quinta-feira, Leandro passa a cumprir 30 anos e 8 meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e mais 1 ano por falsidade ideológica. O pai de Bernardo está em prisão preventiva desde 2014 em Charqueadas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Alexandra foi condenada pelo Tribunal do Júri na noite de 18 de janeiro, após três dias de julgamento. Ela teve pena estabelecida em 28 anos de prisão pelo homicídio qualificado; um ano e dois meses pela ocultação de cadáver; e um ano de reclusão por falsidade ideológica.

Alexandra foi condenada também por ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. A criança foi morta em maio de 2020. Rafael Mateus Winques tinha 11 anos. O crime chocou o estado logo nos primeiros meses da pandemia de Covid-19.