Por que dom João não quis abolir a escravidão no Brasil?

Perguntado por: abarbosa . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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6. fls. 53v e 54). Isso porque seu objetivo principal não era defender os escravos, mas prevenir a sociedade contra possíveis rebeliões e revoltas de escravos e, principalmente, defender os interesses e direitos dos senhores.

A conclusão é evidente: a rentabilidade do trabalho escravo teria permitido prolongar o sistema escravista quase até o fim do século. Foi somente a pressão abolicionista que provocou a mudança das expectativas dos fazendeiros do Rio de Janeiro e arredores, e isso tardiamente, nos anos 80.

Os preceitos da lei não foram necessariamente respeitados, principalmente por quem possuía recursos para isso. Afinal, ela não havia sido criada para impor ao capitalismo brasileiro um problema, mas sim garantir o seu florescimento.

Dom Pedro I é dos que primeiro escrevem contra o instituto da escravidão. A condição de escravo, em sua opinião, era algo nefasto e prejudicial a qualquer sociedade: “Os escravos nos inoculam todos os seus vícios, e nos fazem corações cruéis, inconstitucionais e amigos do despotismo.

Considerada por historiadores como a última cidade brasileira a abolir, na prática, a escravidão da população negra, Campinas (SP) detém justamente na principal rua do comércio no Centro a data simbólica que marca, nesta sexta-feira (13), os 134 anos da abolição garantida pela Lei Áurea.

Haiti

Ou seja: conhecer a história da Revolução do Haiti (1791 – 1825). Foi o primeiro país a abolir a escravidão e o segundo a proclamar a Independência nas Américas.

Pergunta inevitável que sempre fazem para dona Ladeisse é por que justamente Redenção se tornou a primeira cidade brasileira a libertar seus escravos, 15 meses antes do restante da então Província do Ceará, a pioneira no País, e cinco anos antes de ser proclamada a abolição da escravatura em todo o Brasil.

Os países que lideram essa estatística são Camboja, Paquistão, Afeganistão, Irã, Sudão do Sul, Etiópia, Somália, Mauritânia. No Brasil, entre 2003 e 2018, 45 mil pessoas foram resgatadas de em situação análoga à escravidão, especialmente em ambiente rural.

Com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, aproximadamente 700 mil escravos conquistaram sua liberdade e enfrentaram novos desafios na condição de libertos. Após a Lei Áurea, muitos libertos abandonaram os locais que moravam e procuraram empregos em outras fazendas.

Em 1803, a Dinamarca aboliu o comércio de escravos, seguindo-se a Inglaterra em 1807, a França em 1817, a Holanda em 1818 a Espanha em 1820 e a Suécia em 1824. Nas colônias britânicas, a escravidão foi finalmente abolida em 1833, nas holandesas em 1863.

A Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, foi assinada em 13 de maio de 1888. Data que não é lembrada com felicidade, tendo em vista as consequências sociais que surgiram após o processo abolicionista no Brasil, colocando os ex-escravos marginalizados na sociedade brasileira.

As limitações da Lei Áurea (apesar dessa ter concretizado a abolição da escravidão no Brasil) evidenciam a falta de ações em melhorar a vida dos libertos. Com a Lei Áurea, os libertos procuraram novas formas de sustentar-se e muitos abandonaram os seus antigos locais de trabalho.

As leis abolicionistas brasileiras anteriores à Lei Áurea (como a Lei do Sexagenário e Lei do Ventre Livre) não eram muito efetivas tanto por algumas de suas características próprias como pelas características estruturais da sociedade brasileira.

Ao abdicar do trono brasileiro em 1831 a situação se invertera, sendo odiado pelos liberais brasileiros que o acusavam de tramar um “golpe absolutista” e, amado pelos liberais portugueses, que o festejavam como baluarte das liberdades na luta contra o absolutismo de D. Miguel.

A defesa do abolicionismo havia ganhado força na sociedade brasileira e, além disso, a resistência dos escravos africanos tornou a manutenção da escravidão impossível, porque as revoltas e fugas eram tão frequentes que colocavam em “risco” a ordem interna do país.