Por que a Rússia quer tomar Altônia?

Perguntado por: ebernardes . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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A Rússia tomou a Crimeia em 2014 argumentando que possuía uma reivindicação histórica legítima pelo território. A Ucrânia era parte da União Soviética, que se desintegrou em 1991. Putin afirmou que esse colapso foi a "desintegração da Rússia histórica".

Em termos geopolíticos, Putin tem razão em não desejar a Ucrânia na Otan? Em termos geopolíticos sim, pois a Ucrânia é a entrada natural da Rússia. O compromisso de verbal que a Otan não se expandiria assumido por ocasião da dissolução da União Soviética foi sendo ao longo do tempo rasgado abertamente.

Com a tomada de Mariupol, os russos passariam a controlar o porto local e poderia impedir o acesso da Ucrânia ao mar, ao mesmo tempo em que conseguiria abastecer suas tropas com equipamentos e suprimentos.

O problema de Putin é que, praticamente desde o início, sua invasão da Ucrânia não saiu conforme o planejado. Os militares ucranianos, apoiados por armas ocidentais, resistiram muito mais do que o Kremlin esperava.

Por que a Ucrânia tem tanta importância para a Rússia? A Ucrânia possui grande importância para a Rússia, especialmente em termos geopolíticos, uma vez o país serve como “escudo” contra uma possível invasão do território russo.

Em 2019, o país era o 7º maior produtor mundial de minério de ferro, o 8º maior produtor mundial de manganês, o 6º maior produtor mundial de titânio, e o 7º maior produtor mundial de grafite. Era o 9º maior produtor do mundo de urânio em 2018. A Ucrânia conta com ricas jazidas de minério de manganês no Donbas.

Crimeia, região da Ucrânia ocupada desde 2014 pela Rússia, é bombardeada por drones. A Rússia considera a Crimeia como parte de seu território, reivindicação que não é reconhecida pela comunidade internacional. A Ucrânia afirma que quer recuperar a península.

E a Rússia quer evitar isso a todo custo porque, segundo seu presidente, Vladimir Putin, o avanço da Otan até as bordas do seu território representa uma ameaça à sua segurança. Enquanto isso, a Otan afirma que qualquer país independente é livre para almejar a entrada na organização.

O país é considerado um parceiro da Otan, o que sinaliza que pode ingressar na aliança num momento futuro, mas não garante um apoio coletivo. "A principal razão pela qual a Ucrânia sofre com a falta de apoio militar se deve ao fato de o país não integrar a Otan.

O presidente do Comité Militar da NATO é o dinamarquês Knud Bartels, desde 2012.

Na questão econômica, segundo os especialistas, os ucranianos teriam pouco a oferecer à UE. "Com a integração da economia, a Ucrânia poderia oferecer produtos agrícolas, produtos do setor industrial e mineração, além da sua indústria de armamento e aeroespacial", diz Menezes.

Rússia e Ucrânia são dois dos maiores exportadores mundiais de cereais, especialmente trigo e girassol, e desde o início da guerra as exportações ucranianas têm sido severamente afetadas pelo conflito, especialmente dado que a Rússia controla as águas do Mar Negro, em cuja costa ficam os principais portos ucranianos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia é o ápice da escalada de tensões que começou em meados de novembro de 2021, e que se intensificou esta semana quando o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia - movimento que serviu de pretexto para a entrada ...

Os EUA e a Europa Ocidental uniram-se em 1949 na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Seis anos depois, URSS e o Leste Europeu constituíram o Pacto de Varsóvia. No caso da Otan, a finalidade da aliança era lutar contra a expansão do comunismo e retaliar qualquer ataque soviético contra seus países-membros.

Desde o início de 2022, as tensões entre Rússia e Ucrânia cresceram exponencialmente por conta da aproximação dos ucranianos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a subsequente invasão russa à Ucrânia. O presidente Vladimir Putin enviou as tropas da Rússia à Ucrânia no dia 24 de fevereiro.

No sábado (26/2), Estados Unidos, Alemanha, Austrália, França e Holanda anunciaram remessas de armas para a Ucrânia. O Departamento de Estado americano se comprometeu com o equivalente a US$ 350 milhões em armas, incluindo mísseis antitanque Javelin, sistemas antiaéreos e coletes à prova de balas.