Por que a nota de 200 vai sair de circulação?

Perguntado por: pcarvalho . Última atualização: 3 de abril de 2023
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Especialistas consultados pelo UOL apontam que o sumiço da nota de R$ 200 ocorre porque cada vez mais pessoas armazenam grandes quantidades da cédula em casa. A prática, chamada de "entesouramento", não é ilícita, mas pode facilitar crimes como evasão fiscal e lavagem de dinheiro.

Por ser difícil de encontrar, as notas de R$ 200 estão virando artigo de colecionador. Além disso, a cédula está chegando a valer R$ 230. Alguns comerciantes dizem que recebem notas de R$ 200 falsas.

A circulação das notas de R$ 200 completa um ano hoje (2) com cerca de 80 milhões de cédulas em circulação no país. Em valor, são R$ 16 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC). Ao lançar a nota no passado, o BC informou que seriam produzidas 450 milhões de cédulas.

De acordo com a Casa da Moeda do Brasil, cada nota de real pesa 0,25 grama. Assim, 1 milhão de reais em notas de 100 pesam 2,5 kg.

Responsável pela distribuição das cédulas para os demais bancos e consequentemente para o mercado, o Banco do Brasil acrescentou que, em Brasília, as notas de R$ 200 já estão disponíveis para saque na agência BB do Banco Central e na agência do Setor Bancário Sul.

Uma nota costuma ter uma duração de apenas 13 meses. Por outro lado, o seu preço de produção não é nada baixo. Enquanto isso, as moedas têm uma vida útil de cerca de 20 a 30 anos. Por isso, o Banco Central optou por tirar de circulação as cédulas de R$ 1.

No dia 29 de julho de 2020, o Banco Central anunciou a criação de uma nova cédula: a nota de R$200. Aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), ela foi oficialmente lançada no dia 2 de setembro.

A nota com a imagem do lobo-guará, de R$ 200, ainda é rara. Muitos brasileiros sequer tiveram um modelo destas em mãos, em parte devido à digitalização da economia com a pandemia e ferramentas como Pix, em parte pela crise mesmo.

A nota de R$ 200 vai sair de circulação? Não há planos do BC para descontinuar o uso da nota de R$ 200. "A entrada em circulação da cédula de R$ 200, assim como aconteceria com qualquer outra nova denominação, ocorre de forma gradual e de acordo com a demanda da sociedade.

Ou seja, cada nota de 200 reais tem custo de pouco mais de 30 centavos (mais especificamente, R$ 0,325). E, pra produzir essas notas, o Banco Central investiu 105 milhões de reais! Por curiosidade, olha quanto custa fazer mil notas de outros valores: Mil notas de 100 reais custam 280 reais.

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A apreensão foi feita mesmo sem a existência de crime de falsificação, já que não existe uma nota de R$ 420 em circulação.

O lobo-guará chegou ao mundo das moedas em setembro de 2020, mas ainda não é abundante nas carteiras dos brasileiros. Ele chega a ser mais raro do que os animais "extintos". Atualmente, existem apenas 105,1 milhões de notas de R$ 200 em circulação no país.

Elementos fluorescentes: ao movimentar a cédula, é possível observar que o número 200 se sobressai na parte frontal, a numeração de série vermelha fica amarela e pequenos fios se tornam visíveis, apresentando três cores: azul-claro, vermelho e azul-escuro.

A nota de 1 real de 1996, assinada por Pedro Mala e Gustavo Loyola, por exemplo, pode valer R$ 195,00 no mercado de colecionadores.

Custo de produção da cédula com o lobo-guará será de R$ 0,325 centavos por nota, o mais alto dentre as cédulas e moedas em circulação. A nota de R$ 200 não será apenas a de maior valor no sistema bancário brasileiro, como também a mais cara a ser produzida.

1- Dinar do Kuwait
A moeda mais cara do mundo é o Dinar do Kuwait (KWD) que vale três vezes mais do que o dólar dos EUA. Atualmente, a cotação média da moeda é de USD 3,28.

Moeda de R$ 1 pode valer R$ 7 MIL
Especialistas informam que a nota de R$ 1 emitida pelo Banco Central para as Olimpíadas do Rio em 2016 é uma das mais procuradas, atualmente.

As notas com valores acima de US$ 100 eram as de US$ 500, US$ 1 000, US$ 5 000, US$ 10 000 e US$ 100 000. Recentemente foram lançadas novas notas de US$ 10 a US$ 100, com projeto gráfico diferido, entanto, as antigas continuam valendo, devendo ser retiradas de circulação conforme forem se desgastando.