Por que a matança de macacos além de ser uma atitude cruel com esses animais poderia aumentar o risco de contaminação de humanos pela doença?

Perguntado por: lgalvao . Última atualização: 24 de maio de 2023
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Macacos não transmitem a febre amarela e ainda desempenham um papel importantíssimo no combate à doença, informando aos agentes de saúde por onde o vírus vem se propagando. Quando as condições climáticas favorecem a transmissão do vírus, como nesse verão, um número maior de primatas adoece e morre.

Muitas pessoas matam esses animais por acharem que eles são responsáveis pela propagação da doença. Só este ano, dos 144 macacos mortos recolhidos pela Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio de Janeiro para testes de febre amarela, 69% foram executados - apresentavam várias fraturas ou veneno no organismo.

Os macacos não transmitem a febre amarela. Adoecem e morrem da mesma forma que os humanos. Por isso, a morte de macacos é um sinalizador da presença do vírus na região.

Aproximadamente 60% das espécies de primatas do mundo, incluindo chimpanzés e orangotangos, correm risco de extinção devido à redução de hábitat causada pela expansão das fronteiras agrícolas e, em menor escala, pela exploração madeireira e em razão da caça de animais silvestres.

A preocupação com a febre amarela e a desinformação estão levando pessoas a um crime: elas matam macacos. É um animal que não transmite a doença e que é importantíssimo para as autoridades sanitárias.

O professor Fabiano comenta que os primatas são predadores de insetos e, ao se alimentarem, controlam algumas pragas. “Como são bons dispersores de sementes, ajudam no plantio e na manutenção das florestas; daí a importância da preservação”.

Atualmente, muitas espécies de macacos estão ameaçadas de extinção. Dentre as ameaças a esses animais, podemos citar a destruição do habitat, a poluição, a caça, o tráfico de animais e as mudanças climáticas.

Os macacos são animais importantes para o meio ambiente, atuando, por exemplo, na dispersão de espécies vegetais. Infelizmente, nos dias de hoje, observa-se que várias espécies de macacos estão ameaçadas de extinção devido a fatores como fragmentação de habitat, caça, tráfico de animais e doenças infecciosas.

Quando falamos em vetor, referimo-nos a organismos que servem de veículo para a transmissão de algum causador de doença. Esse organismo pode ser, por exemplo, um artrópode, como mosquitos ou moluscos.

Varíola dos macacos é uma zoonose viral (um vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais) causada pelo vírus de DNA de fita dupla envelopado pertencente ao gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae.

Os sinais e sintomas, em geral, incluem:

  • Erupção cutânea ou lesões de pele;
  • Adenomegalia/Linfonodos inchados (ínguas);
  • Febre;
  • Dores no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrio;
  • Fraqueza.

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.

O vírus da febre amarela é transmitido por mosquitos pertencentes às espécies, Haemagogus, Sabethes e Aedes.

A maneira mais segura de se prevenir contra a varíola dos macacos é evitar o contato direto com pessoas contaminadas, lavar as mãos com água e sabão e recomenda-se o uso de máscara de proteção cobrindo nariz e boca.

Desmatamento, caça ilegal e tráfico de animais são alguns dos motivos que têm colocado muitos animais em extinção. Apesar de as espécies não serem extintas somente pela ação do homem, como podemos observar com a teoria evolucionista, hoje essa é a principal causa, infelizmente.

As principais causas são a caça e a pesca, destruição de habitats naturais, poluição e mudanças climáticas. A poluição é um dos principais pilares da destruição de habitats naturais, devido ao descarte inadequado de lixos em matas, rios, lagoas e mares.

A extinção pode ocorrer por vários motivos, dentre eles, destacam-se a destruição do habitat, competição, doenças, caça e matanças deliberadas, mudanças ambientais drásticas e catástrofes ambientais.