Por que a indiferença e a banalização do mal?

Perguntado por: lgil . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A Banalidade do mal se instala por encontrar o espaço institucional, criado pelo não pensar. Em Eichmann, Arendt via não alguém perverso ou doentio, sequer alguém antissemita ou raivoso, somente alguém que cumpre ordens, incapaz de pensar no que realmente fazia, mantendo o foco somente no cumprimento de ordens.

Com base nos acontecidos deste julgamento é que Hannah Arendt fala de uma nova categoria: a banalidade do mal. Esse mal é um mal puramente político, sem nenhum vínculo demoníaco, um verdadeiro mal radical. Ela não fala de mal em uma perspectiva religiosa, mas política.

O mal torna-se banal quando o membro de uma organização, seja ela política, empresarial ou mesmo não lucrativa, separa os seus valores éticos individuais do comportamento duvidoso assumido sistematicamente pela organização com a qual é cúmplice.

A indiferença é um sentimento que machuca. Ele passa uma mensagem dolorosa para quem o recebe: “eu não me importo com você”. Esta apatia incompreensível nos causa angústia e temor. Passamos a elaborar razões para explicar a insensibilidade do outro, mas nem sempre conseguimos encontrar uma explicação boa o suficiente.

A indiferença tornou-se um sentimento naturalizado nas relações sociais. Nossa exposição cotidiana às mais variadas formas de violência, pobreza, corrupção – e tantos outros problemas – afeta a sensibilidade moral de cada um de nós, de maneira a banalizarmos o modo como lidamos com essas realidades.

Você pode usar esse repertório em qualquer redação, basta citar que o mal já está tão presente na sociedade que ela a considera como normal, não fazendo uma ação para mudar de realidade.

Seu principal conceito, o de pluralismo político, defende a importância de existir igualdade política e liberdade, com tolerância e respeito às diferenças, visando a inclusão.

Hannah Arendt chegou à conclusão sobre o mal de Eichmann. O mal que ele praticava não era um mal demoníaco, mas era um mal constante que fazia parte da rotina dos oficiais nazistas como instrumento de trabalho. Ou seja, a banalidade do mal é um mal que virou comum de ser praticado.

Resumo – Hannah Arendt escreveu que o “mal banal” origina-se da incapacidade do indivíduo para pensar. Porém, pode-se perguntar se o mal não pode se originar da falta de julgamento. ou seja, o indivíduo comete atos maus porque não averigua os dados, não os avalia.

Para Arendt, Eichmann era uma figura comum, normal, sem qualquer virtude específica para além da capacidade notável de organização e de negociação.

A banalização do mal está, justamente, no fato de que as pessoas optam por não pensar criticamente e nada fazem para impedir o mal; elas fingem que acontecimentos relevantes para a sociedade não lhes dizem respeito, isto é, pensam apenas em si.

Sendo a guerra generalizada e constante, busca-se evidenciar como tal estado afeta as interações humanas, sobretudo através das redes sociais online, as quais permitem que o sujeito evidencie seu pensamento e visão do mundo através do compartilhamento dele através de imagens e textos.

substantivo feminino Ação ou efeito de banalizar, de tornar comum assuntos que são tidos como importantes: a banalização da pobreza impede que as pessoas enxerguem suas consequências trágicas. Etimologia (origem da palavra banalização). A palavra banalização deriva da junção do verbo banalizar, e do sufixo -ção.

Ter atitude banal significa ter atitudes sem valor. O termo banal é utilizado há bastante tempo, desde a época dos senhores feudais. Originalmente, empregava-se o termo banal, a algum bem que pertencia ao senhor feudal e os vassalos se serviam sob o pagamento de um foro, por exemplo, um moinho banal.

Desprezo, desinteresse, apatia.

O que é Indiferente:
Uma pessoa indiferente é aquela que age com indiferença, ou seja, que não se envolve nas situações, seja por não ser de seu interesse ou por não ter consideração pelos assuntos em questão.

Estado de uma pessoa a quem tão pouco importa uma coisa como o contrário dela.

A indiferença, por conseguinte, é um ponto intermédio entre o apreço e o desprezo. Se alguém sentir apreço, esse sentimento será agradável e ativo; pelo contrário, se sentir desprezo, tornar-se-á em algo que se pretende rejeitar. Ao mostrar-se indiferente, o sujeito torna-se apático a esse respeito.

A indiferença causa problemas tanto para quem sente quanto para quem é direcionada. Em um relacionamento amoroso, por exemplo, o indivíduo indiferente perde porque deixa de investir em uma escolha feita por ele mesmo, de compartilhar a vida com a alguém.