Por que a escola pública é tão criticada?

Perguntado por: rbarbosa . Última atualização: 6 de maio de 2023
4.5 / 5 9 votos

O que presenciamos é a constante descontinuidade das iniciativas educacionais, a superlotação das salas de aula, a deficiência na formação do professor, o descaso com a saúde do aluno e a do professor. Além disso, o financiamento da educação básica pública não contribui.

As escolas da rede pública, nas últimas décadas, vêm sofrendo com a falta de uma gestão eficiente, falta de infraestrutura, violência, desvalorização dos professores e tantos outros fatores que levam a educação a índices cada vez mais baixos.

A pandemia deu margem para o sistema educacional do país aumentar as disparidades raciais, sociais e locais, sendo um dos problemas estruturais dessa situação a falta de acesso a internet para assistir as aulas onlines, que consequentemente gerou um dos maiores problemas na educação, o abandono escolar.

O panorama educacional do Brasil demonstra elevados índices de evasão e de defasagem escolar. O que já era preocupante, piorou ainda mais com a pandemia. Quando se analisa os números divulgados pela Unicef, vemos que o percentual de crianças e jovens em idade escolar fora da escola aumenta a cada ano.

Falta de estrutura das escolas compromete educação pública no Brasil. Em outubro de 2022, os 32 Tribunais de Contas da União se uniram para visitar e avaliar a infraestrutura das escolas no país e identificaram que 57% das salas de aula são inadequadas.

Dentre tantos desafios da educação brasileira, listamos os cinco principais: Acesso à escola e o processo de aprendizagem. Modelo distorcido de formação de docentes. Falta de investimentos generalizados e inovação.

Isso porque, a escola particular possui - na maioria das vezes - melhor estrutura; um número menor de alunos por sala de aula, facilitando o aprendizado; são mais tecnológicas e desenvolvem o aprendizado de uma língua estrangeira desde cedo.

A pandemia e as desigualdades que foram ampliadas a partir dela, a retomada das atividades presenciais nas escolas, a vacinação de crianças, o uso da tecnologia e a implementação do Novo Ensino Médio estão entre os principais desafios do ano.

Aeducação no Brasil precisa ser vista como um problema social, a fim de que as deficiências educacionais sejam enfrentadas através de técnicas sociais adequadas. Sem isso, a sociedade sofre as consequências negativas de um ensino insatisfatório, sem ter para combatê-lo o necessário comportamento coletivo organizado.

De acordo com os gestores, a insuficiência de recursos financeiros e a indisciplina foram os fatores que mais dificultaram o funcionamento das escolas. E não é só: de acordo com a pesquisa, avaliação e monitoramento não são práticas em todas as escolas.

Quanto à dimensão Acesso e Permanência na escola, os principais problemas e soluções são : ) altos índices de faltas dos alunos e evasão; 2) falta de estímulo à aprendizagem e desmotivação dos alunos; 3) grande número de alunos com defasagem de aprendizagem; 4) falta de interesse compromisso colaboração dos pais.

Apenas 35% das mulheres de 25 a 34 anos com escolaridade abaixo do ensino médio estavam empregadas em 2018 no Brasil, em comparação com 69% dos homens. Essa diferença é mais alta do que a média nos países analisados, na qual 43% das mulheres e 69% dos homens comescolaridade abaixo do ensino médio estão empregados.

al (2021), com dados longitudinais do censo escolar, estima que 30% dos estudantes do Brasil têm trajetórias muito irregulares, caracterizadas por abandono e evasão do sistema educacional. Esse percentual é maior entre os estudantes negros, sendo 39,8% nos pardos e 35% nos pretos, enquanto nos brancos é de 19%.

3 caminhos para reduzir a desigualdade na educação

  1. Mais investimento em infraestrutura.
  2. Atualização do currículo escolar.
  3. Uso de tecnologias acessíveis.