Pode tomar venlafaxina à noite?

Perguntado por: ivargas . Última atualização: 17 de maio de 2023
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A venlafaxina pode ter como efeito colateral insônia em até 1/4 das pessoas que fazem uso (mas isso tende a se ajustar com o passar do tempo de tratamento). Por isso, costuma-se recomendar que seja tomada pela manhã.

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): insônia, dor de cabeça, tontura, sedação, náusea, boca seca, constipação, hiperidrose (suor excessivo).

Portanto, como a venlafaxina é um inibidor da recaptação tanto da norepinefrina como da serotonina, recomenda-se que este medicamento não seja usado em associação com um IMAO 9, ou que seja observado um intervalo de, pelo menos, 14 dias após a interrupção do tratamento com um IMAO 9.

O medicamento causa sono e sedação como efeito colateral, o que permite seu uso como hipnótico. Embora o efeito antidepressivo demore de 2 a 4 semanas para surgir, é comum que os pacientes relatem uma melhoria imediata nas noites de sono.

Transtorno de Ansiedade Generalizada
A dose inicial recomendada de cloridrato de venlafaxina é de 75 mg, administrada uma vez por dia (1x/dia). Os pacientes que não respondem à dose inicial de 75 mg/dia podem beneficiar-se com o aumento da dose até, no máximo, 225 mg/dia.

A venlafaxina serve para tratar quadros de depressão e ansiedade. Devido à sua ação no sistema nervoso central, é recomendada cautela no uso desse fármaco, que deve ser administrado conforme prescrição médica. Também é importante evitar a descontinuidade do tratamento por conta própria.

O medicamento cloridrato de venlafaxina está indicado para o tratamento da depressão, incluindo depressão com ansiedade associada e; para prevenção de recaída e recorrência da depressão.

O cloridrato de venlafaxina mostrou-se eficaz em trata- mentos de médio prazo (até 3 meses) e de longo prazo (até 1 ano ou mais). Os efeitos benéficos de drogas indi- cadas no tratamento da depressão geralmente fazem- -se sentir após as primeiras semanas de medicação.

Isso ocorre porque faz parte do mecanismo de ação desses antidepressivos ocasionar algumas alterações iniciais que podem gerar esse desconforto logo nos primeiros dias. É como se o corpo passasse por uma adaptação ao medicamento durante um certo tempo.

Os resultados de eficácia das Revisões Sistemáticas sugerem uma discreta superioridade da Venlafaxina em relação à Fluoxetina. Quanto à segurança verificou-se a incidência de efeitos adversos, sendo na maior parte dos estudos demostrada inconclusiva ou moderadamente desfavorável a Venlafaxina.

A venlafaxina é um novo antidepressivo, de potente ação bloqueadora da recaptação de noradrenalina e serotonina, de modo que, poderá elevar a tensão arterial (TA) de pacientes normotensos, geralmente em níveis não patológicos sem, portanto, implicar em repercussões clínicas significativas.

Enquanto a Sertralina aumenta apenas os níveis de serotonina, a Venlafaxina aumenta além da serotonina, a noradrenalina podendo ainda aumentar em pequena quantidade a dopamina, conhecida também como 'hormônio da felicidade'.

No quesito eficácia, os que alcançaram melhores performances foram a amitriptilina, mirta- zapina, duloxetina, venlafaxine e paroxetina. Na outra ponta, os menos efetivos foram fluoxetina, citalopram, trazodona, clomipramina, desvenlafa- xina e reboxetina (veja mais no quadro ao lado).

Recomenda-se cautela em casos de administração concomitante de cloridrato de ciclobenzaprina e inibidores da recaptação de serotonina, antidepressivos tricíclicos, buspirona, meperidina, tramadol, bupropiona e verapamil, pelo potencial de ocorrência de Síndrome serotoninérgica (ver Advertências e Precauções).

O uso de antidepressivos conjuntamente com analgésicos está associado ao aumento de hemorragia intracraniana (acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos) logo após o início do tratamento.