Quando se tirar a sedação de um paciente entubado?

Perguntado por: rmata . Última atualização: 3 de fevereiro de 2023
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Retirar durante pelo menos uma hora por dia a sedação do paciente que está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) reduz os casos de infecção e pneumonia. Consequentemente, a técnica – chamada de despertar diário – é capaz de diminuir tanto o tempo de internação do doente quanto o risco de morte.

Este coma induzido pode ser prolongado "por muito tempo, dias ou semanas", disse o doutor Jean Mantz, chefe do Departamento de Anestesia e Reanimação do hospital Bichat, de Paris. A duração média de um coma induzido para o tratamento de traumatismos cranianos graves é de cerca de 15 dias, de acordo com Audibert.

Quando está em coma profundo, a pessoa não está consciente e, portanto, não sente, não se mexe e não ouve, por exemplo. Entretanto, existem vários níveis de sedação, a depender da dose do medicamento, por isso, quando a sedação é mais leve é possível ouvir, se mexer ou interagir, como se estivesse sonolento.

depende da sedação... tem hora que (o paciente) te responde, tem hora que não. Algumas enfermeiras relatam que não há comunicação com o paciente que se encontra em um grau de sedação profundo, uma vez que não existe resposta aos estímulos. Outras relatam que, nessa situação, a comunicação é dificultada.

O tempo médio entre a internação na UTI e a entubação foi de 0,00+1,90.

A sedação é o ato de suprimir a consciência, mantendo as funções vitais, tais como respiração espontânea e deglutição. Esta inconsciência é realizada através de um medicamento anestésico, utilizada por via oral, inalatória ou venosa.

ex.: naloxone) para reverter os efeitos colaterais (sedação excessiva, por exemplo), ocorre também algum grau de reversão nos efeitos analgésicos. A morfina é um potente analgésico. É freqüentemente usada em pós-operatório, em situações associadas a dores severas e na manutenção de pacientes em ventilação mecânica.

O paciente intubado está consciente? Os pacientes intubados são mantidos inconscientes e estão em sono profundo (coma induzido) principalmente para tornar o processo mais confortável e evitar que o tubo seja removido, o que poderia causar graves lesões na via aérea.

Assim como qualquer anestesia, a sedação pode resultar em uma reação adversa ao paciente. Podem provocar náuseas, vômitos, labilidade emocional e reações paradoxais como inquietação, agitação e delírio. São raros os casos de alergia medicamentosa.

Na anestesia, a sedação vem acompanhada de analgesia e relaxamento muscular. O paciente, além de estar inconsciente, não pode sentir dor nem se mover durante o ato cirúrgico.

Para assegurar uma via aérea em um paciente instável, usa-se a sequência rápida de intubação. Essa consiste em usar um sedativo de ação rápida, analgesia e um agente bloqueador neuromuscular para criar condições que permitam um rápido controle das vias aéreas.

A intubação orotraqueal causa agravo à via aérea na maioria dos enfermos, levando a edema laríngeo, ulcerações e detrimentos nas cordas vocais. Isso sucede pela passagem/impacto do tubo orotraqueal no momento da intubação. A presença de danos nas vias respiratórias produzidos por intubação orotraqueal varia até 8%.

O desmame é a retirada gradual ou abrupta do suporte ventilatório mecânico. Já a extubação é a retirada do tubo endotraqueal. Tipos de desmame. São classificados como simples, difícil e prolongado, o que deve ser levado em consideração no momento da transição para a ventilação mecânica.

Alimentação ocorre normalmente
Exceto nos casos em que o paciente está usando sonda alimentar, nos quais deverá seguir a orientação de um nutricionista, será possível ingerir alimentos normalmente. O paciente poderá comer aquilo que gosta, mas pode ter um pouco de dificuldade na deglutição.

Sedação e analgesia é uma prática comum em terapia intensiva, especialmente com pacientes submetidos à ventilação mecânica (VM), para assegurar o conforto, promover o alívio da dor e da ansiedade causados pelos procedimentos invasivos.

Isso ocorre quando o líquido que deveria se preservar dentro dos vasos sanguíneos (veias e artérias) e dentro das células acaba saindo de lá e vai parar logo abaixo da pele, em um local chamado de tecido subcutâneo.

Quando entuba, a pessoa recebe medicamentos para ficar sedada, em coma induzido. A gente fala que é para acoplar melhor [o tubo], para conseguir fazer o pulmão ventilar adequadamente, porque se ele fica acordado, sem sedação, o tubo incomoda muito.

A sobrevida dos pacientes com sedação paliativa e sem sedação é parecida (3 a 5 dias). Não podemos esquecer, por exemplo, que o paciente em franca insuficiência respiratória tem um gasto excessivo de energia, que pode ser poupado com a sedação.

De acordo com o dicionário Michaellis, o correto é entubar, que significa "introduzir tubo em canal ou cavidade de paciente". Porém, o termo intubar também existe e é utilizado na medicina. Ou seja, o termo mais indicado na Língua Portuguesa é entubar, mas o uso da palavra intubar também é amplamente aceita.

Na emergência, as indicações mais comuns para intubação orotraqueal são: Insuficiência respiratória aguda; Oxigenação ou ventilação inadequadas; Proteção das vias aéreas em um paciente com depressão do nível de consciência.