Pode perdeu o acento diferencial?

Perguntado por: oandrade . Última atualização: 30 de janeiro de 2023
4.8 / 5 4 votos

Os acentos diferenciais em pôde e pôr não sofreram alterações com o Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa.

A diferença entre tem e têm é simples: o primeiro se usa no singular e o segundo no plural. Dessa forma: Use tem, sem acento, na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Use têm, com acento circunflexo, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

O acento diferencial é utilizado para permitir a identificação mais fácil de palavras homófonas, ou seja, que têm a mesma pronúncia. Atualmente, usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - em vocábulos como pára(forma verbal), a fim de não confundir com para (a preposição), entre vários outros exemplos.

Pode e pôde são formas conjugadas do verbo poder em diferentes tempos verbais. Pode está conjugado no presente: Agora ele pode sair. Pôde está conjugado no passado: Ontem ele pôde sair.

Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa. Exercer influência sobre algo ou alguém: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode. Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.

Assim, a conjugação no presente do indicativo do verbo poder é: eu posso, tu podes, ele/ela pode, nós podemos, vós podeis, eles podem. E no pretérito perfeito do indicativo é: eu pude, tu pudeste, ele pôde, nós pudemos, vós pudestes, eles puderam. Não pare agora...

O acento circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo. Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes "éi" e "ói”) nas palavras paroxítonas, dando nova grafia a palavras como colmeia e jiboia.

Brincadeiras à parte, a regra de como se escreve jiboia segue a premissa de que os ditongos abertos éu, ói, éi em palavras paroxítonas perderam o acento gráfico com a nova ortografia.

O novo acordo ortográfico foi realizado em 2009, com prazo de adaptação até 2012, e visa uniformizar e aproximar a gramática entre os 9 países que têm a Língua Portuguesa como língua oficial. As mudanças consistem principalmente na acentuação, uso no hífen, uso do trema e no alfabeto, exemplificadas a seguir.

Segundo as regras de acentuação do Novo Acordo Ortográfico, foi abolido o acento diferencial em alguns pares de palavras, sendo a distinção feita pelo contexto em que as palavras ocorrem. Palavras com acento diferencial antes do acordo: pára, péla, pélo, pêlo, pólo, pêra.

Acento diferencial facultativo
A utilização do acento na diferenciação entre a 1. ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo e a 1. ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser facultativa. Em fôrma e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa.

Têm deverá ser usado quando o sujeito for plural: eles têm; elas têm; vocês têm.

Quando usar 'pôde'
Pôde com acento circunflexo é forma do verbo poder no pretérito perfeito do indicativo. Nesse caso, a palavra é utilizada para indicar uma ação que teve início e fim no tempo passado.

1.6 Em qualquer tipo de locução o hífen deixou de ser empregado. Aero; agro; anti; auto; arqui; circum; co; contra; des; entre; ex; hidro; hiper; in; inter; mini; pan; pós; pré; pró; pseudo; sub; semi; super; tele; ultra; vice.

Por ser paroxítona — ou seja, ter a penúltima sílaba tônica — terminada em A, essa palavra não deveria ser acentuada, como tantas outras.

Como o próprio nome já diz, o acento diferencial faz a distinção entre palavras que têm a mesma grafia. Com a reforma ortográfica, este acento caiu em alguns pares, como: para (á) (do verbo parar) e para (preposição); pela (é) (do verbo pelar) e pela (proposição); pelo (ê) (substantivo) e pelo (preposição), etc.