Pode parar de tomar antidepressivo do nada?

Perguntado por: aalencastro . Última atualização: 31 de maio de 2023
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Os antidepressivos devem ser retirados de maneira lentíssima. Não se trata, nesse caso, de risco de síndrome de abstinência, porque ela é incomum nessa classe de remédios. A retirada tem de ser lenta para dar ao cérebro a possibilidade de se ajustar gradualmente à falta daquele medicamento.

Por isso, em geral, os médicos costumam recomendar a todos os pacientes manter o tratamento medicamentoso por NO MÍNIMO 6 a 9 meses depois de ficarem sem sintomas, com os remédios nas mesmas doses que foram capazes de remitir o quadro.

Efeito rebote de medicamentos
Ao passar por um efeito rebote, nosso corpo pode apresentar, em maior intensidade, todos os sintomas que estava combatendo. Isso pode acontecer com pessoas que utilizam medicamentos em grandes quantidades ou que se esquecem de tomar os remédios de uso controlado.

A abstinência pode surgir entre 24 e 72 horas após a interrupção do tratamento, apresentando efeitos como ansiedade, insônia, irritabilidade, explosões de choro, distúrbios de humor e sonhos vívidos, além de sintomas neurológicos e motores como tonturas, vertigens, cefaleia, falta de coordenação motora, alterações de ...

Não é de um dia para o outro, como se você estivesse tomando um analgésico para dor de cabeça. Por isso, se você está iniciando o uso dessas medicações ou então já as toma há um certo tempo, algumas recomendações importantes: Não interrompa o tratamento de forma abrupta, de uma hora para outra.

As reações mais comuns são: boca seca, retenção urinária, queda de pressão, constipação intestinal, visão borrada, taquicardia, tonturas, sudorese, sedação, ganho de peso e tremores. As medicações antidepressivas mais modernas, apesar de apresentarem melhor tolerância ainda possuem efeitos colaterais.

Queixa comum entre pacientes deprimidos
Isso é mais notório com antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina, e outros que podem provocar sonolência, como paroxetina e mirtazapina."

Após um período de tratamento, a fluoxetina demora um tempo para ser totalmente eliminada do organismo. Mais precisamente, a meia-vida de eliminação da fluoxetina é de 4 a 6 dias e a de seu metabólito ativo é de 4 a 16 dias.

A Desvenlafaxina é um medicamento relativamente recente na linha de tratamento da depressão. Classificada como um Inibidor Seletivo de Reabsorção de Serotonina e Norepinefrina (ISRSN), ela representa mais uma opção na abordagem farmacológica da saúde mental.

Os antidepressivos devem ser retirados de maneira lentíssima. Não se trata, nesse caso, de risco de síndrome de abstinência, porque ela é incomum nessa classe de remédios. A retirada tem de ser lenta para dar ao cérebro a possibilidade de se ajustar gradualmente à falta daquele medicamento.

Quando se deixa de tomar um medicamento controlado pode ocorrer o efeito de retirada com sintomas parecidos com abstinência", explica o psiquiatra. O ideal é, sempre, consultar o médico para a melhor orientação.

Isso ocorre porque faz parte do mecanismo de ação desses antidepressivos ocasionar algumas alterações iniciais que podem gerar esse desconforto logo nos primeiros dias. É como se o corpo passasse por uma adaptação ao medicamento durante um certo tempo.

No quesito eficácia, os que alcançaram melhores performances foram a amitriptilina, mirta- zapina, duloxetina, venlafaxine e paroxetina. Na outra ponta, os menos efetivos foram fluoxetina, citalopram, trazodona, clomipramina, desvenlafa- xina e reboxetina (veja mais no quadro ao lado).

Paciente pode ter recaída ao desrespeitar a dosagem dos remédios. “No transtorno do pânico, acontecem crises espontâneas e, muitas vezes, sem fatores precipitantes de sintomas de medo intenso, podendo variar de vários ataques ao dia até poucos episódios no ano.