Pode doar órgãos em vida?

Perguntado por: erocha . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Para doar órgão em vida, o médico deverá avaliar a história clínica do doador e as doenças prévias. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. A doação de órgãos de pessoa vivas que não são parentes, só acontece mediante autorização judicial.

No Brasil, não é permitido o transplante de nenhum outro órgão, como por exemplo: pênis, útero, mão e outras partes do corpo humano.

O fígado pode ser de doador vivo ou morto. Um membro da família ou uma pessoa sem relação com você pode ser compatível e pode te doar uma parte do fígado. O fígado é o único órgão no corpo que pode se regenerar, então, o doador pode viver uma vida saudável após a doação.

Os órgãos mais comumente transplantados são: coração, fígado, pâncreas, dois pulmões e dois rins.
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Em 2016 foram realizados, no Brasil, 24.958 transplantes, sendo 7.955 de órgãos sólidos, conforme discriminado a seguir:

  • Coração: 357.
  • Fígado: 1.880.
  • Pâncreas: 26.
  • Pulmão: 92.
  • Rim: 5.492.
  • Rim/Pâncreas: 108.

Muitas doenças, como hepatite e o diabetes, são impeditivos para quem deseja ser um doador. E quem tem ou já teve câncer, inclusive leucemia, também estará impossibilitado de doar, salvo a algumas exceções bem raras, que dependerão de cada caso.

Doação em vida
É possível também a doação entre vivos, no caso de órgãos duplos (ex: rim). No caso do fígado e do pulmão, também é possível o transplante entre vivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador poderá ser transplantada no receptor.

Não há nenhum custo para a família quanto à doação de órgãos e tecidos, como também não há nenhum ganho material. A legislação brasileira exige que a doação seja um ato altruísta familiar sem interferência econômica.

O transplante é um procedimento cirúrgico em que um órgão ou tecido presente na pessoa doente (receptor), é substituído por um órgão ou tecido sadio proveniente de um doador. De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante.

Mas será que todos os órgãos do corpo humano já podem ser transplantados? Pode-se dizer que o único que ainda não é possível é o cérebro.

O primeiro é o doador vivo: é a pessoa maior de idade e juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Um doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, a compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos.

Quem tem tatuagem pode ser doador de órgãos? Sim. No entanto, o indivíduo não pode ter se tatuado nos últimos 12 meses, segundo determinação da Portaria do Ministério da Saúde, para fazer a doação de órgãos.

Os riscos para o doador vivo são considerados relativamente pequenos. Isso porque a cirurgia estabelecida é bastante segura. Mas, ainda assim, podem haver algumas complicações como infecções na ferida, pneumonia, trombose dos membros inferiores, entre outras.

A compatibilidade necessária nos transplantes de medula chama-se HLA (Human Leukocyte Antigen). O exame de HLA é feito por laboratórios especializados em uma amostra de sangue simples, como as que são coletadas para fazer um hemograma.

Quanto aos motivos de recusa da doação dos órgãos, foram revelados: a crença religiosa; a espera de um milagre; a não compreensão do diagnóstico de morte encefálica e a crença na reversão do quadro; a não aceitação da manipulação do corpo; o medo da reação da família; a inadequação da informação e a ausência de ...

A negativa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil. No ano passado, 43% das famílias, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada.

Teoricamente, é possível que um órgão já transplantado seja doado novamente, mas é muito raro acontecer. A primeira dificuldade é estatística: um órgão só serve para o transplante se for retirado de um doador monitorado no leito de morte até o diagnóstico de morte cerebral – o que rola em 1% dos óbitos.

Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Fumantes são não-doadores de pulmão.