Pode acabar a monarquia na Inglaterra?

Perguntado por: lcosta . Última atualização: 3 de maio de 2023
3.9 / 5 14 votos

Afinal, a monarquia britânica pode acabar? Apesar das especulações, especialistas ouvidos pelo UOL descartam a interrupção da linha sucessória do trono.

A abolição foi realizada de várias maneiras, incluindo a abdicação, levando à extinção da monarquia, reforma legislativa, revolução, golpe de estado ou descolonização.

Enquanto 78% dos maiores de 65 anos apoiam a monarquia, apenas 32% dos entrevistados de 18 a 24 anos sentem o mesmo. Entre os mais jovens, 38% preferem ter um chefe de Estado eleito do que um monarca. Mas 30% dizem não saber. A indiferença pode ser um problema tanto quanto a oposição ativa à monarquia.

O regime em vigência no Reino Unido é a monarquia parlamentarista. Nele, a figura do rei exerce a função de chefe de estado, com uma função diplomática, sendo o primeiro-ministro, eleito pelo parlamento, o chefe de governo.

A riqueza privada da família real é gerada principalmente pelos lucros do Ducado de Lancaster, um portfólio de terras, propriedades e bens que são administrados de forma separada do patrimônio da monarquia.

Mesmo durante a pandemia da Covid-19, as despesas da família real cresceram. Em 2021, os gastos bateram cerca de £ 102,4 milhões, mais de R$ 650 milhões, de onde saiu grande parte da receita para reformar o Palácio de Buckingham – residência oficial da Monarca do Reino Unido.

A Família Imperial do Brasil
Atualmente, o bisneto da Princesa Isabel, dom Luiz de Orleans e Bragança é o chefe da Casa Imperial do Brasil e primeiro na linha de sucessão do trono. Seguido dele está o príncipe imperial do Brasil, dom Bertrand de Orleans e Bragança, que completou 80 anos em dezembro do ano passado.

Rei: Charles III (desde 8 de setembro de 2022). Antecessor: Rainha Elizabeth II. Primeiro-ministro: Rishi Sunak (desde 25 de outubro de 2022), Partido Conservador.

Mas com o passar do tempo, a monarquia começou a entrar em crise. Essa crise foi gerada por um conjunto de fatores, tais quais: o movimento pelo fim da escravidão, choques com a igreja, o movimento republicano e conflitos com o exército.

Internamente, algumas “questões” são apontadas como decisivas para o enfraquecimento da monarquia brasileira e, consequentemente, a instauração da República em 1889, sendo elas a questão religiosa, a questão abolicionista e a questão militar.

A Revolução Francesa foi resultado da crise política, econômica e social que a França enfrentou no final do século XVIII. Essa crise marcou o fim da monarquia absolutista que existia na França há séculos e da antiga ordem de privilégios que constituía o Antigo Regime francês.

Em entrevista ao site GoodHousekeeping.com, Genevieve James, diretora criativa da marca, explicou porque a Rainha nunca aparece em público sem as luvas brancas. Quem espera por teorias complexas, uma decepção: a monarca usa luvas simplesmente por uma questão de estilo.

O papel da monarquia constitucional britânica é quase inteiramente cerimonial. A figura do monarca é tida como representante de todo o povo daquela nação e tem como função assegurar a continuidade da ordem constitucional e o bem-estar entre os poderes parlamentares.

Melhor que qualquer outra forma de governo, o regime monárquico oferece alguns elementos indispensáveis ao desenvolvimento socioeconômico de uma nação, coisas que nenhuma nação que quer ser bem sucedida pode viver sem: estabilidade, unidade, respeito à coisa pública e pensamento de longo prazo.

No Reino Unido, o monarca é o chefe de Estado com um papel cerimonial e estritamente apolítico, cabendo-lhe nomear o primeiro-ministro indicado pelo Parlamento e assinar formalmente as leis aprovadas pelo Legislativo (desde 1708, o consentimento real nunca foi negado) e as nomeações oficiais.

Dessa forma, como a rainha Elizabeth é a atual rainha do Reino Unido, ela é a chefe de Estado desses territórios. Ainda que seja soberana, na prática, sua função atual está restrita à participação em cerimoniais e outras formalidades, como a entrega de títulos de nobreza e a recepção a governantes estrangeiros.