Para que serve o absolutismo?

Perguntado por: icamacho . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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O absolutismo foi uma forma de governo que prezava pelo poder absoluto do monarca e surgiu para atender as demandas da nobreza feudal e da burguesia mercantil. Absolutismo foi uma forma de governo muito comum na Europa entre os séculos XVI e XIX e defendeu a teoria do poder absoluto do rei sobre toda a nação.

O surgimento do absolutismo foi um fenômeno relacionado com o surgimento do Estado nacional moderno, no final da Baixa Idade Média. Também foi quando a burguesia começou a estabelecer-se, e, para essa classe, a consolidação dos seus interesses mercantis passava pela existência de um governo centralizado.

Dentre os teóricos que mais contribuíram para o absolutismo se incluem autores como Thomas Hobbes, Nicolau Maquiavel, Jean Bodin e Bossuet.

Luís XIV de França

A monarquia absolutista nasce com Luís XIV de França, conhecido como "Rei-Sol", logo após a morte do seu primeiro-ministro, em 9 de março de 1661, o cardeal Jules Mazarin.

O Absolutismo foi um sistema político que, em geral, defendia o poder absoluto do monarca sobre o Estado e foi muito comum a partir do século XVI até meados do século XIX em diversas partes da Europa.

O auge do absolutismo ocorreu durante o século XVII, período marcado pela existência de monarcas poderosos, como foi o caso de Luís XIV, rei da França entre os anos de 1643 e 1715. Esse monarca francês é considerado por muitos historiadores o grande modelo de monarca absolutista.

Os franceses celebram a queda da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789, como um marco da Revolução Francesa, que levou ao fim do regime absolutista.

O absolutismo é um sistema político que predominou na Europa do século XVI ao século XVIII, e que consistiu em um governo no qual o poder absoluto estava concentrado nas mãos do rei ou da rainha. Havia uma espécie de relação de fidelidade dos súditos em relação aos monarcas.

Logo, as suas principais características do regime absolutista são:

  • Centralização do poder na mão do monarca,
  • O rei tinha o direito de interferir em assunto religiosos,
  • Ausência de um setor legislativo, uma vez que as leis eram estabelecidas pelo rei,
  • Utilização do modelo mercantilista em sua economia.

O rei Luís XIV (1643-1715), conhecido como “Rei Sol”, personificou todas as características do absolutismo, e a ele foi atribuída a frase “O Estado sou Eu”. Essa característica de representação completa do Estado fazia do rei um elemento político absoluto. Daí vem o termo absolutismo.

Surgimento do absolutismo
O princípio aconteceu na França no momento em que o rei Luís XIV, conhecido como “Rei Sol”, assumiu o poder depois da morte do seu primeiro-ministro, em 1661.

Alguns países da Europa passaram pelo regime absolutista, mas os principais reinos absolutistas foram França, Espanha e Inglaterra.

É impossível pensar o Absolutismo sem mencionar o Mercantilismo. A união entre os dois pensamentos, um político e outro econômico, fez surgir o Estado Moderno.

Montesquieu (1689-1755)

A principal proposta de rompimento com o absolutismo monárquico partiu do aristocrata, jurista e filósofo francês Montesquieu (1689-1755).

Os iluministas desejavam ter mais liberdade econômica, portanto não concordavam com o controle do Estado absolutista. Grande parte dos iluministas afirmavam que deveria existir mais liberdade na economia e afirmavam que o mercado deveria regular a si mesmo por meio do livre comércio e da livre iniciativa.

O Palácio de Versalhes, residência de Luís XIV, foi um dos grandes símbolos do absolutismo na Europa. O absolutismo foi um sistema político que existiu na Europa entre os séculos XVI e XIX, caracterizado pela concentração do poder real.

Os teóricos absolutistas defenderam uma forma de governo monarquista em que o poder estava concentrado nas mãos dos reis. Suas teorias foram questionadas a partir da elaboração das teses liberais durante o Iluminismo que reivindicaram governos democráticos e a soberania popular na política.

As monarquias absolutas que existem atualmente são:

  • Eswatini (antiga Suazilândia)
  • Vaticano.
  • Catar.
  • Arábia Saudita.
  • Omã
  • Brunei.
  • Emirados Árabes Unidos.

No Brasil, conforme se pretenderá demonstrar ao longo deste artigo, a influência dos valores absolutistas foi fundamental para a consolidação do Estado, ao longo do período da Regência e do Primeiro Império, períodos esses bastante refratários aos ventos liberais que sopravam sobre a Europa e a América do Norte.