Para que serve a morfina em pacientes terminais?

Perguntado por: dilha . Última atualização: 3 de maio de 2023
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A morfina é um opioide forte, muito utilizado no tratamento da dor de origem oncológica e o mais utilizado para tratamento da dor em pacientes em cuidados paliativos. É indicada no tratamento da dor moderada (4-6/10) a forte (7-10/10) e é o principal fármaco no 3º degrau da escada analgésica da OMS.

Duração da Sedação
O tempo para obter controle dos sintomas foi de 24 horas15. A sedação não significa necessariamente que o paciente será mantido até a morte. Em uma unidade de cuidados paliativos, 23% dos pacientes que receberam sedação paliativa, tiveram alta16.

Seus trabalhos descrevem a identificação dos cinco estágios que um paciente pode vivenciar durante sua terminalidade, que são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação(1). A negação pode ser uma defesa temporária ou, em alguns, casos pode sustentar-se até o fim.

A morfina tem meia-vida curta, com início do efeito em 30 minutos, pico de ação em aproximadamente 1h e duração média de efeito analgésico de 4 horas (3 a 5 horas).

O fenômeno de tolerância ao medicamento se refere à perda gradual de efeito que pode ser observado quando usamos um fármaco repetidamente. No caso do opioides, a tolerância ocorre muito rapidamente se o fármaco não for bem manejado. Nesses casos, mesmo doses enormes de morfina não farão mais o efeito desejado.

Cientistas americanos dizem que opiáceos como a morfina promovem o crescimento de novos vasos sanguíneos que levam oxigênio e nutrientes aos tumores.

O mais sério efeito colateral associado à Morfina, bem como a outros analgésicos narcóticos, é a depressão respiratória e em menor grau a depressão circulatória. Além disso pode aparecer ainda:- fraqueza, cefaléia, insônia, palpitações, constipação, anorexia, boca seca, retenção urinária, prurido.

A morfina liga-se aos receptores do tipo Mu opióides no sistema nervoso central (SNC), causando inibição das vias ascendentes da dor, alterando a percepção e a resposta à dor; produz depressão generalizada do SNC.

depende da sedação... tem hora que (o paciente) te responde, tem hora que não. Algumas enfermeiras relatam que não há comunicação com o paciente que se encontra em um grau de sedação profundo, uma vez que não existe resposta aos estímulos. Outras relatam que, nessa situação, a comunicação é dificultada.

Sedação paliativa é um procedimento médico que tem sido empregado há mais de 25 anos com a finalidade de aliviar sintomas refratários que não respondem a tratamento anterior em pacientes sem possibilidade de cura e próximos do fim da vida.

A respiração pode ficar irregular. Confusão e sonolência podem ocorrer nas últimas horas. As secreções na garganta ou o relaxamento dos músculos da garganta provocam, por vezes, uma respiração ruidosa, denominada o estertor da morte.

Virar a pessoa menos vezes e quando ela desejar; Incentivar que familiares e amigos conversem ou toquem a pessoa; Respiração tipo "gasping" (mais lenta, profunda e, por vezes, com períodos sem movimentos); Pele pálida, fria e aumento do suor; Atentar para troca de fraldas e roupa de cama quando estiverem úmidas.

Podemos destacar uma gama de sinais/sintomas que enfrentaremos nesta ocasião, a depender de maneira individual da doença de base e das comorbidades do paciente: fraqueza e fadiga com diminuição das atividades sociais; diminuição da alimentação por via oral; imobilidade e maior dependência para atividades básicas; ...

Tem a dor física, que pode resultar em falta de ar, fadiga, náuseas, falta de apetite, além de outras dores muito fortes no corpo. E a dor emocional, que gera o medo, a ansiedade, a depressão. Se olharmos na origem da palavra, paliativo deriva do latim “pallium”, que significa “manto” ou “cobertor”.

Os resultados mostram que pode ocorrer depressão respiratória e retenção urinária em pacientes idosos devido ao uso de morfina.

1. Sedação paliativa: é definida pelo uso de medicações sedativas para manejo do sofrimento secundário a sintomas refratários e intoleráveis, por meio da redução do nível de consciência.

O fentanil é considerado o opióide mais forte disponível para uso médico em seres humanos, com cerca de 100 vezes a potência da morfina. É altamente valorizado pelos seus efeitos analgésicos e sedativos e amplamente utilizado no tratamento de dor e anestesia severas.