Para que serve a intubação na cirurgia?

Perguntado por: lmuniz . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A intubação traqueal, endotraqueal ou intubação orotraqueal (IOT) é um procedimento que visa preservar a respiração do paciente durante cirurgias que envolvem anestesia geral, ou em quadros de complicação respiratória grave.

Essa técnica serve para qualquer problema de saúde ou situações que afetam as vias respiratórias, onde é necessário preservar por completo a via aérea do paciente, garantindo que os pulmões permaneçam recebendo oxigênio.

Como os músculos entram em um estado profundo de relaxamento, o paciente não conseguiria mais impedir que a saliva entrasse nas vias aéreas. Por isso, a anestesia geral requer intubação e ventilação mecânica, que são feitas pelo anestesista.

Estudos científicos apontam que pacientes em coma induzido, devido à intubação, ao ouvirem gravações de familiares, apresentam recuperação mais rápida. Mesmo sedados, eles podem produzir respostas fisiológicas, como alterações na respiração e expressões faciais.

A rouquidão é um dos sintomas mais frequentes após a intubação de um paciente, mas costuma ser temporária, com duração de dois a três dias. Entretanto, há situações mais graves, que também podem gerar fraqueza na voz. “As pregas vocais ficam localizadas na laringe, por onde passa o tubo orotraqueal para a intubação.

Nos pacientes sob anestesia geral, interrompemos a administração contínua dos anestésicos e, aproximadamente 10 a 20 minutos após, ocorre o despertar.

O procedimento consiste na inserção de um tubo – através do nariz ou boca – até a traqueia do paciente, com o auxílio de um laringoscópio. Com isso, fica instalada a ventilação mecânica pulmonar. A intubação traqueal depende de diversos fatores para ser bem sucedida.

A maioria relata insuficiência respiratória, dificuldade para dormir e cansaço ao realizar atividades cotidianas. Visando esses pacientes, alguns hospitais particulares em São Paulo oferecem tratamentos especializados para amenizar as sequelas causadas pela doença.

Complicações da Intubação Orotraqueal

  • Intubação esofágica não reconhecida.
  • Hipoxemia, hipercapnia.
  • Vômitos e aspiração (síndrome de Menselson)
  • Pneumonite e pneumonia.
  • Trauma nos dentes, lábios e cordas vocais.
  • Exarcebação de lesão em cervical.

Complicações da entubação traqueal
Qualquer tubo translaríngeo causa algum grau de lesão às pregas vocais; às vezes, ocorrem ulceração, isquemia e paralisia prolongada das pregas vocais. Estenose subglótica pode ocorrer depois (habitualmente, 3 a 4 semanas). Erosão da traqueia é incomum.

O professor Pasquale esclarece que no dicionário Houaiss está que intubar é realizar uma intubação enquanto que entubar, entre outros significados, é dar feição ou forma de tubo.

Neste o médico insere um tubo desde a boca do paciente até à traqueia, de forma a manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada. Esse tubo é ainda conectado a um equipamento (respirador), que substitui a função dos músculos respiratórios, empurrando o ar para os pulmões.

Uma das explicações é que, ao longo da internação, os pacientes recebem uma quantidade grande de líquidos. Esses líquidos podem ser administrados diretamente dentro das veias (soro fisiológico, medicamentos, etc) ou através do estômago (água presente na dieta).

Além disso, na maioria das cirurgias com anestesia geral é importante haver relaxamento dos músculos, fazendo com que a musculatura respiratória fique inibida. O paciente, então, precisa ser intubado e acoplado a ventilação mecânica para poder receber uma oxigenação adequada e não aspirar suas secreções.

Na anestesia geral, o anestésico age no cérebro, bloqueando o estímulo doloroso. A indução (paciente perde a consciência em poucos segundos) é feita através da administração do anestésico intravenoso e, a seguir, pode ser feita ou o não o processo de entubação na dependência do porte cirúrgico ou local a ser operado.

A gente chama isso de síncope. Mas, quando isso se mantém – a partir de seis horas de alteração do nível de consciência, em que o paciente não desperta, não acorda –, a gente chama de coma”, explica o dr.

Na anestesia, a sedação vem acompanhada de analgesia e relaxamento muscular. O paciente, além de estar inconsciente, não pode sentir dor nem se mover durante o ato cirúrgico.

Retirar durante pelo menos uma hora por dia a sedação do paciente que está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) reduz os casos de infecção e pneumonia. Consequentemente, a técnica – chamada de despertar diário – é capaz de diminuir tanto o tempo de internação do doente quanto o risco de morte.