Onde tem mais quilombos no Brasil?

Perguntado por: mcosta . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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Dos estados brasileiros, a Bahia é o que tem o maior número de localidades quilombolas: são 1.046 no total. Em seguida vem o estado de Minas Gerais, com 1.021, Maranhão, com 866, e o Pará, com 516 localidades quilombolas.

Os quilombos espalharam-se em diversas regiões durante o Período Colonial, incluindo Bahia, Maranhão, Pernambuco, Goiás, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e a região amazônica, ou seja, cobriam uma extensa parte do território brasileiro daquele período.

Kalunga, maior território quilombola do país, abrange três municípios goianos: Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros.

Pela primeira vez em 150 anos o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está realizando o recenseamento da população quilombola como grupo étnico populacional.

Os estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rondônia possuem apenas 1 território titulado e outros 9 estados e o Distrito Federal não possuem nenhum.

Zumbi dos Palmares foi um dos grandes líderes do Quilombo dos Palmares e liderou a luta de resistência contra os portugueses. Quilombo dos Palmares é como ficou conhecido o maior quilombo que existiu na história da colonização do Brasil pelos portugueses.

Existem comunidades remanescentes de quilombos em quase todos os estados, exceto no Acre, Roraima e no Distrito Federal. Os que possuem o maior número de comunidades remanescentes de quilombos são Bahia (229), Maranhão (112), Minas Gerais (89) e Pará (81).

Quilombo dos Palmares

Nos quilombos não viviam apenas africanos escravizados, mas também índios e brancos livres. O primeiro quilombo de que temos conhecimento é da segunda metade do século XVI, na Bahia, mas o maior quilombo da história brasileira foi o Quilombo dos Palmares, no estado de Alagoas.

Segundo o IBGE, foram mapeadas 5.972 localidades quilombolas no País. Uma nota etapa do Censo Demográfico 2022 começa nesta quarta-feira (17) com o início da coleta de dados nas 5.972 localidades quilombolas que foram mapeadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em todo o Brasil.

Zumbi dos Palmares foi líder do Quilombo dos Palmares, entre 1678 e 1694, e acabou sendo emboscado e morto pelos portugueses, em 1695.

O Território Quilombola de Tijuaçu, com 828 famílias, é o maior em número de remanescentes de quilombo na Bahia. O local situa-se entre as cidades de Senhor do Bonfim, Filadélfia e Antonio Gonçalves (a 450 km de Salvador), numa área de 8,4 mil hectares de terras.

O território Kalunga é o maior sítio histórico e cultural do País em extensão. São mais de 230 mil hectares de Cerrado protegido, abrigando cerca de quatro mil pessoas em um território que se estende pelos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.

Porque, além dela ter sido líder de um importante mocambo baiano, o quilombo do Urubu, localizado nas imediações de Pirajá, Salvador, por volta de 1826, simboliza a atuação das mulheres quilombolas que, apesar de serem silenciadas pela produção historiográfica tradicional, participaram ativamente do processo de ...

No Estado de São Paulo existem 61 quilombos, dos quais 36 regularizados e reconhecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp).

Em 20 de novembro de 1995, a Terra Quilombola Boa Vista, no Pará, se tornou o primeiro quilombo regularizado no país.

As comunidades quilombolas são remanescentes e descendentes diretas dos negros escravizados no Brasil. Esses espaços nasceram a partir da luta do povo negro pela liberdade, sendo locais que serviam de abrigo e refúgio durante a fuga do regime escravocrata. Por isso, a palavra Quilombo se tornou sinônimo de resistência.

Os escravizados africanos fugiam das fazendas entre os séculos XVI e XIX, e se abrigavam nos quilombos para se defenderem do sistema escravista e resgatarem a cosmovisão africana e os laços de família perdidos com a escravização. Neles, existiam manifestações religiosas e lúdicas, como a música e a dança.

O dicionário do Brasil Colonial, nos informa, que a palavra quilombo é originária banto ( língua africana ) kilombo e significa acampamento ou fortaleza e foi usada pelos português para denominar as povoações construídas por escravos fugidos[1].

A proposta não agradava os latifundiários da região e muito menos parte dos quilombolas. Frente a isso, uma nova liderança surgiu entre os habitantes de Palmares: Zumbi. Este não aceitava a condição de não receberem novos escravos, o que levou o governador de Pernambuco a indicar Gonçalo Moreira para destruir Palmares.

As senzalas eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para evitar as fugas. Costumam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis.

A placa que indica a localização da suposta entrada do Quilombo Jabaquara, e consequentemente de seus resquícios arqueológicos, está situada na R. Prof. Celso da Cunha Alves, 94, no bairro Jabaquara.