Onde os negros fugiram?

Perguntado por: isoares . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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O Quilombo dos Palmares, em Alagoas, é o mais conhecido desses agrupamentos: durou cerca de 70 anos e reuniu milhares de negros liderados por Zumbi dos Palmares. Palmares simbolizava a liberdade e seu exemplo se espalhou pela região.

Quilombos eram comunidades formadas por escravos fugidos das fazendas. Esses lugares se transformaram em centros de resistências dos escravos negros que escapavam do trabalho forçado no Brasil.

Entre as diferentes formas de resistência dos escravos podem ser mencionadas as fugas coletivas, ou individuais, as revoltas contra feitores e seus senhores (que poderia ou não ter o assassinato desses), a recusa em trabalhar, a execução do trabalho de maneira inadequada, criação de quilombos e mocambos etc.

Os escravos fugitivos eram perseguidos pelos capitães-do-mato que capturava-os em troca de recompensa. De volta às fazendas, eles sofriam severos castigos. Nos anos finais da escravidão, a fuga em massa se intensificou e eles passaram a se organizar em quilombos.

A senzala era uma espécie de habitação ou alojamento dos escravos. Elas existiram durante toda a fase de escravidão(entre o século XVI e XIX). A senzala também servia para accorentar os escravos que tentavam fugir.

No século XVIII, o comércio do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo era suprido por escravos que vinham da costa leste africana (oceano Índico), particularmente Moçambique. No comércio baiano, a partir de meados do século XVII, e até o fim do tráfico, os escravos eram oriundos da região do Golfo de Benin.

Os portugueses e o tráfico de escravos africanos
Quando os portugueses chegaram a Ceuta, no início do século XV, iniciaram a captura e escravização dos africanos das redondezas, com a justificativa de que eram prisioneiros de guerra e muçulmanos, considerados inimigos da fé católica europeia.

A África Subsaariana, pejorativamente chamada de “África Negra”, corresponde à porção de terras que se localiza ao sul do Deserto do Saara. A África Subsaariana é uma região do continente africano composta por 47 países e que se localiza geograficamente abaixo do Deserto do Saara.

As fugas eram freqüentes e podiam ser temporárias. Alguns cativos passavam determinado tempo evadidos e depois retornavam a casa de seus senhores. Se alguns escravos podiam fugir temporariamente porque receavam, por exemplo, serem castigados, outros podiam planejar fugas definitivas para bem longe do domínio senhorial.

“No Brasil antigo – já que era considerado falta de respeito o escravo permanecer de pés calçados diante de pessoas tidas como superiores -, uma das caracterizações externas da condição escrava eram os pés descalços. Assim, os sapatos eram, para os negros, o símbolo de sua libertação e de seu nivelamento aos brancos.

A região que o Quilombo ficava era uma região de serra, bastante despovoada e com matas densas. Palmares era o resultado de uma junção de mocambos, pequenos assentamentos de escravos fugidos, que foram construídos na divisa de Alagoas e Pernambuco (mas na época, tudo fazia parte da mesma capitania).

Ex-escravo morre aos 121 anos. Morreu ontem o último escravo que ainda vivia no Brasil. Valdomiro Silva, que acabara de completar 121 anos, que chegou aqui num porão de um navio negreiro em 1882.

As senzalas eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para evitar as fugas. Costumam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis.

Gâmbia (1894), Madagáscar (1897), China (1906), Serra Leoa (1928), Nigéria (1936), Etiópia (1942). Finalmente na Alemanha Nazi (1945), Marrocos (1956), Arábia Saudita (1962) e finalmente Mauritânia (1981).

O ofício mais temido nos engenhos era o de feitor, pois sua função era vigiar e castigar os escravos nos períodos que estes estivessem trabalhando pouco e nos momentos das fugas.

Em virtude de sua função, o capitão do mato era um personagem de muita importância para a garantia da estabilidade social na colônia. Sem ele, possivelmente as fugas de escravos teriam sido ainda maiores, o que impedia a continuidade de existência da escravidão no Brasil colonial e imperial.

Naquele período, o homem responsável pelos escravos era o senhor de engenho, ele que cuidava da distribuição e organização dos mesmos.