Onde os guaranis viviam no Rio Grande do Sul?

Perguntado por: rsilveira . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Na região de Camaquã existem algumas áreas de ocupação tradicional Guarani, que são a Mata São Lourenço, Pacheca (Ygua Porã), Água Grande (Ka'amirindy), Águas Brancas (Velhaco). Destas áreas, apenas Pacheca (Ygua Porã) foi demarcada pela Funai, com pouco mais de 1.852 hectares, onde vivem cerca de 15 famílias.

Como referido anteriormente, os indígenas do Rio Grande do Sul são integrantes dos povos Kaingang, Guarani, Charrua e Xokleng.

Viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Também praticavam a agricultura, cujo principal produto era o milho, além de comer e cultivar o pinhão. Para se proteger do frio alguns moravam em casas “subterrâneas”.

Destes, estima-se que aproximadamente 23.000 estejam aldeados, divididos entre as etnias Guarani, Kaingang e Charrua. O Rio Grande do Sul possui 65 municípios com indígenas presentes em seu território, com uma concentração populacional maior no norte do estado.

No Rio Grande do Sul, em 2010 viviam 18,5 mil indígenas de grupos étnicos Guarani, Mbia Guarani, Kaingang e mistos. Conforme dados disponíveis2 o Estado possui em torno de 140 terras indígenas.

Comunidade Guarani Mbyá de Bracuí, em Angra dos Reis (RJ).

À primeira vista, parece uma tribo amazônica. Mas estamos a apenas 55 quilômetros do marco zero de São Paulo, ainda dentro dos limites da capital paulista. Em Parelheiros, na Zona Sul, a aldeia guarani de Krukutu conserva um pedaço da história mais remota da cidade.

Os povos Tupis dominavam desde Iguape, no litoral paulista, até a costa do Ceará; já os Guaranis ocupavam desde Cananeia, no litoral paulista, até a Lagoa dos Patos, no extremo sul do país. Vivendo na costa brasileira havia também povos não tupis, como os aimorés e os tremembés.

Os Guaranis foram os primeiros agricultores do Rio Grande do Sul. Entraram como invasores. Parece que chegaram em duas levas; A primeira entre os anos de 300 a 400 d .

Os açorianos marcaram profundamente a formação do tipo sul-rio-grandense com a chegada dos casais ao Rio Grande do Sul, a partir de 1747. Foi durante o século XVIII que se formou mais da metade da população. Assim, a origem do gaúcho é predominantemente luso-brasileira e açoriana.

Os padres jesuítas espanhóis foram os primeiros a se estabelecer no local. As peculiaridades geográficas do atual estado do Rio Grande do Sul, dividido em 11 diferentes regiões fisiográficas, influíram para retardar a ocupação da terra, a leste, pelo conquistador europeu.

Foram os índios guaranis que introduziram a horticultura no Rio Grande do Sul. Os guaranis legaram o milho, os feijões, a mandioca, a abóbora, a pimenta, o algodão, a batata-doce, o amendoim, a moranga, o chimarrão e o fumo. Eles usavam arco e flechas, a lança, o tacape e machados de pedra polidos.

Os indígenas que viviam nas terras onde hoje é o Rio Grande do Sul, antes da chegada dos europeus, pertenciam a três grupos: Guarani, Jê e Pampianos.

A colonização no Rio Grande do Sul foi feita essencialmente por açorianos, alemães e italianos.

Atualmente, vivem no Rio Grande do Sul os Kaingang, os Guarani e os Charrua, ocupando terras reservadas, áreas de acampamento, o meio rural e espaços urbanos. Os Charrua foram reduzidos a algumas dezenas de pessoas e encontram-se num processo de reorganização socioétnica, após um longo período de dispersão.

O termo guaranis refere-se a uma das mais representativas etnias indígenas das Américas, tendo, como territórios tradicionais, uma ampla região da América do Sul que abrange os territórios nacionais da Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e a porção centro-meridional do território brasileiro.

Os povos indígenas como os guaranis, carijós e kaingangs foram os primeiros habitantes da região sul. No século XVI, chegaram os espanhóis, depois portugueses e luso brasileiros, que permaneceram até o século XVIII.