Onde fica o CV no Rio de Janeiro?

Perguntado por: avilela . Última atualização: 30 de abril de 2023
4.1 / 5 19 votos

Presídio Cândido Mendes, Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil.

Favela da Muzema

'Ação orquestrada do CV'
O ponto mais afetado foi a Favela da Muzema, que teve vários dias de tiroteios. Moradores registraram o som das armas de grosso calibre usadas por traficantes e milicianos.

Em disputa contra PCC (Primeiro Comando da Capital) pelo controle do tráfico de drogas nos estados desde 2017, o CV (Comando Vermelho) tem o Rio de Janeiro, onde surgiu, como seu principal ativo.

Naquele mesmo ano de 1971, André Torres criou uma organização de encarcerados que está completando 25 anos e atualmente domina o tráfico de drogas e promove os sequestros no Rio de Janeiro: o Comando Vermelho. André Torres tem hoje 47 anos e está paralítico, condenado à cadeira de rodas perpétua.

Quem tem mais poder PCC ou CV? O PCC é a maior facção do país, com ação transnacional.

Ainda hoje, o Comando Vermelho está organizado nos presídios cariocas, como Bangu 1 (onde estão as principais lideranças), e controla também algumas associações de moradores de favelas. No Rio, não há uma liderança principal.

O estudo mostra que a milícia se concentra quase que exclusivamente na zona oeste da cidade, hoje quase integralmente dominada, e na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio. A presença desses grupos é majoritária em municípios como Itaguaí, Seropédica, Queimados e Nova Iguaçu.

O "batismo" é uma cerimônia, feita às vezes em conferência telefônica, na qual o criminoso afirma que aceita as regras da facção, respondendo a um questionário. Ao ser aprovado, entra para o chamado Livro Branco, onde estão os ""irmãos" do crime.

Cada organização criminosa possui o seu "estatuto", que, entre suas regras, determina quem pode ou não sair da facção. Tanto no PCC, de São Paulo, quanto no CV, do Rio de Janeiro, é permitida a saída de seus membros e continuar vivo, porém a partir de regras rígidas a serem seguidas fora do mundo do crime.

Organizações do crime como PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) se rivalizam na disputa por territórios e têm atuação nacional. A facção de origem paulista está presente no DF e em outros 24 Estados.

Contudo, o CV dá autonomia para que cada "disciplina", que é o cobrador, decida o quanto cobrar. Em média, os valores variam de R$ 50 a 200 por mês.

O PCC também mantém faccionados na Costa Verde do Rio. Angra dos Reis é um dos lugares mais procurados pelos criminosos paulistas. Foi lá que André de Oliveira Macedo, o André do Rap, o maior narcotraficante da facção de São Paulo, acabou preso em uma mansão em setembro de 2019.

No CV você vê pobreza, mas no PCC você vê que está integrado na sociedade. O dinheiro do PCC está em bancos, em postos de gasolina, em aluguel de apartamentos. O do CV está em sacolas escondidas na parede”.

A partir daí, seguiu-se uma triagem para validação, compondo uma base própria posteriormente classificada segundo o controle dos principais grupos armados do Rio de Janeiro: Comando Vermelho, Terceiro Comando, Amigos dos Amigos e Milícias. territorial, controle social e atividades de mercado.

Walisson Santos da Silva é apontado como o líder da facção carioca em Itaetê, na Bahia. Conteúdos obtidos pelo Correio mostram como o criminoso agia. Ele foi preso em Valparaíso de Goiás.

Apontado como líder de uma facção criminosa que atua no Amazonas e ligado a diversos homicídios em Manaus, o narcotraficante Clemilson dos Santos Farias, 40 anos, vulgo "Tio Patinhas", foi apresentado nesta terça-feira, 19/06, na capital amazonense, após ser preso em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do ...

2.2 Primeiro Comando da Capital – PCC
Surgiu em 1993, dentro do Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, liderado por um grupo de presos. Estima-se que, hoje, a organização criminosa possua cerca de 130 mil membros, dentro e fora das prisões.

Professor era uma espécie de representante dos presos, redigia petições para os detentos e cartas para autoridades. Ele escreveu o livro “400 x 1 - Uma história do Comando Vermelho”, na qual contou o surgimento da facção.