Onde estão os Yanomami no Brasil?

Perguntado por: aflores2 . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O lado brasileiro contempla municípios dos Estados do Amazonas e Roraima, com cerca de 27 mil indígenas, segundo levantamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)/Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) yanomami de 2019.

Moradores de centenas de aldeias na Floresta Amazônica, no norte do Brasil, os indígenas Yanomami se tornaram vítimas da maior crise humanitária do país neste século. As terras onde vivem foram invadidas por garimpeiros que levaram fome, violência, doenças e até a morte para adultos e crianças.

No ano seguinte, de acordo com o G1, quase 100 crianças entre um e quatro anos morreram na Terra Indígena Yanomami, segundo dados do MPI divulgados em janeiro de 2023. As causas das mortes são, em sua maioria, desnutrição, pneumonia e diarreia.

A informação foi revelada pela "Folha de S. Paulo" e confirmada ao g1 na manhã desta sexta-feira (6). Os indígenas desapareceram na última semana de abril. O sumiço foi relatado pelo presidente do Condisi, durante uma viagem do órgão e da Polícia Federal até a comunidade indígena (leia mais abaixo).

Segundos dados do Ministério da Saúde divulgados nesta semana, 129 indígenas que residem na Terra Yanomami já morreram em 2023; há vários registros de causas de morte evitáveis, como desnutrição, pneumonia e tuberculose.

Três indígenas Yanomami foram assassinados por garimpeiros na região do Homoxi, dentro da Terra Indígena. A informação, divulgada nesse domingo (5), é do líder Júnior Hekurari Yanomami, que está na região acompanhando as ações de saúde frente à crise humanitária no território.

Desnutrição, malária, pneumonia e verminoses, além da violência constante de garimpeiros ilegais ocasionaram uma situação de crise sanitária e humanitária na maior terra indígena do Brasil, onde vivem cerca de 28 mil Yanomami.

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, esse problema foi causado pelo avanço do garimpo ilegal na região onde os yanomamis vivem. As crianças estão morrendo de contaminação por mercúrio, que é usado no garimpo, desnutrição e fome. Muita gente tem ou teve malária.

Em 2020, o número saiu de 36 para 40 e atingiu um pico em 2021, quando 60 indígenas yanomami morreram por algum tipo de desnutrição. Em 2022, ano cujos dados ainda estão sendo totalizados, o número de mortes por desnutrição chegou a 40.

O Ministério da Saúde registrou a ocorrência de 42 mortes de indígenas na terra yanomami nos dois primeiros meses de 2023. Esse número pode chegar a 48, uma vez que seis óbitos estão sob investigação e não foram contabilizados nos dados do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Yanomami, vinculado à pasta.

As 10 principais aldeias indígenas no Brasil
Ticuna: pertencente à família linguística ticuna, apresenta cerca de 50 mil habitantes - que estão na Amazônia, sobretudo às margens do rio Solimões. Eles são considerados o maior grupo indígena que vive na região.

Entre 2019 e 2022, 177 indígenas do povo yanomami morreram por algum tipo de desnutrição, segundo dados do Ministério da Saúde. Nos quatro anos anteriores, foram 41 mortes.

A Terra Indígena Yanomami (TIY), segundo as informações do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), reúne uma população de 31.007 indígenas residentes, divididas em cerca de 384 aldeias.

Em sua grande parcela, os índios vivem em tribos e sobrevivem por meio do cultivo de alimentos, bem como da caça e pesca. Alguns povos vivem totalmente isolados da sociedade nacional, enquanto outros são mais receptivos.