Onde a epigenética pode influenciar no desenvolvimento infantil?

Perguntado por: rassis7 . Última atualização: 26 de maio de 2023
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É a epigenética que pode explicar por que experiências vividas na primeira infância têm efeito na saúde mental e física na vida adulta. Se esta influência pode ser negativa, no caso de vítimas de estresse tóxico, ela também pode ser positiva, com a realização de intervenções precoces.

Alterações epigenéticas impactam na forma como a molécula de DNA é formatada, e consequentemente, regula quais genes permanecerão ativos, influenciando na fisiologia e no comportamento de um organismo. Não é sobre os genes que você tem, mas sobre o que os seus genes estão fazendo!

A epigenética é um campo de pesquisa que investiga como os estímulos ambientais podem ativar determinados genes e silenciar outros. Ela permite entender como a experiência é capaz de operar transformações profundas no organismo, mesmo que isso signifique destacar o DNA e não implique em mudar o genoma.

A epigenética é um campo emergente da biologia que estuda as mudanças hereditárias na expressão gênica que não envolvem alterações na sequência do DNA. Essas mudanças podem ser influenciadas por fatores ambientais e podem afetar o desenvolvimento e funcionamento dos genes.

Benefícios da epigenética
A epigenética é uma área de pesquisa fundamental para a compreensão de como o ambiente e o estilo de vida podem influenciar a expressão dos nossos genes e, consequentemente, a nossa saúde.

A hereditariedade estabelece os limites na amplitude de desenvolvimento de característica; dentro dessa amplitude, as características são determinadas por forças ambientais. A hereditariedade nos proporciona talentos que uma cultura ou mundo externo pode ou não recompensar e cultivar.

Uma sequência genética com mutações pode causar consequências graves para o nosso organismo, como fazer com que certos genes percam a sua função ou até mesmo levar a desordens genéticas. Essas desordens podem resultar em doenças como a hemofilia ou diversos tipos de cânceres.

Uma mutação genética pode afetar a célula de várias maneiras, algumas interrompem a produção de proteínas, outras podem alterar a proteína em si, fazendo com que não funcione mais como deveria ou não funcione definitivamente.

“Epigenética” é uma área emergente de pesquisa científica que mostra como as influências ambientais – as experiências das crianças – realmente afetam a expressão dos genes delas. Durante o desenvolvimento, o DNA que compõe nossos genes acumula marcas químicas que determinam a quantidade expressa de genes.

Alguns mecanismos epigenéticos, como metilação do DNA e modificação de histonas afetam a estrutura da cromatina e a acessibilidade dos genes para a maquinaria de transcrição, facilitando ou dificultando a leitura do DNA.

Elas não são doenças, mas trazem impactos ao indivíduo, principalmente em aspectos funcionais. Entre elas, podemos destacar o daltonismo, a Síndrome de Down, o albinismo, hipertricose, Síndrome de Turner e assim por diante.

Relógios epigenéticos são promissores para o melhor entendimento das vias biológicas subjacentes ao desenvolvimento de distúrbios associados ao envelhecimento e propor intervenções biomédicas e sociais para prevenir, reverter ou aliviar tais distúrbios.

A epigenética é definida como modificações do genoma que são herdadas pelas próximas gerações, mas que não alteram a sequência do DNA. Por muitos anos, considerou-se que os genes eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra.

Responsável pela pesquisa, o biólogo Pedro Luiz Porfirio Xavier diz que a terapia epigenética já está bem descrita na medicina humana, mas pouco na veterinária, e que se trata de uma alternativa para “consertar a expressão alterada de alguns genes associados às características do câncer, como a malignidade”.

Pesquisas sugerem que as experiências da vida, como traumas, estresse e exposição a substâncias tóxicas, podem afetar a expressão dos genes envolvidos no controle do humor e da ansiedade. Essas alterações epigenéticas podem aumentar o risco de desenvolver ansiedade generalizada e outros transtornos de ansiedade.