O que um quilombola tem direito?

Perguntado por: umello . Última atualização: 30 de abril de 2023
4.6 / 5 3 votos

Além disso, no ano de 2003 foi elaborado o Decreto nº 4.887, que visa garantir, além da posse de terras, uma melhor qualidade de vida aos quilombolas. O documento dispõe sobre o direito desses povos em ter acesso a serviços essenciais como educação, saúde e saneamento.

Programa – O Bolsa Permanência (PBP) é um programa do Governo Federal que concede auxílio financeiro e viabiliza a permanência no curso de graduação a estudantes matriculados em instituições federais de ensino superior, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente a indígenas e quilombolas.

Somente indígenas, quilombolas e os discentes que atenderem os prérequisitos dispostos abaixo: a) Possuir renda familiar per capita não superior a um salário-mínimo e meio; b) Estar matriculado em cursos de graduação com carga horária média superior ou igual a cinco horas diárias.

É considerada quilombola aquela pessoa que se autodetermina pertencente a esse grupo. A autoatribuição da identidade quilombola é um processo de reflexão da pessoa que pertence a um grupo historicamente constituído e que reivindica sua identidade como membro desse grupo.

Como era a vida nos Quilombos? O funcionamento dos quilombos considerava a tradição dos escravos fugidos que neles habitavam. Nessas comunidades, se realizavam atividades diversas como agricultura, extrativismo, criação de animais, exploração de minério e atividades mercantis.

Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.

O incremento equiparará o valor recebido desses bolsistas com aqueles que recebem auxílio semelhante da Bolsa Permanência do Ministério da Educação; de R$ 900,00, a assistência passará a ser de R$ 1.400,00.

O recurso é pago diretamente aos estudantes de graduação por meio de um cartão de benefício. Atualmente o valor é de R$ 900,00 para estudantes indígenas e quilombolas e R$ 400,00 para os demais.

Ser quilombola é se sentir pertencente a uma determinada comunidade, é se identificar com os valores, costumes e também ter a ligação com o território, viver próximo de outros indivíduos que compartilham de um mesmo laço identitário.

68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que dispõe: “Art. 68. Aos remanescentes das comunidades de quilombos é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os respectivos títulos.”

O Nordeste é a região do Brasil que concentra o maior número de localidades quilombolas, 3.171. Logo em seguida vem a região Sudeste com 1.359 quilombos. As demais regiões têm os menores números: Norte (873), Sul (319) e Centro-Oeste (250).

ART. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras, é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes títulos respectivos.

Universidades com cotas para quilombolas
Desde 2012, com a sanção da Lei 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas, todas as instituições federais de Ensino Superior reservam 50% das vagas de cada curso para candidatos que tenham cursado todo o Ensino Médio em escolas da rede pública.

O valor é de R$ 900 mensais, pagos pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) diretamente aos beneficiários. Para conseguir a bolsa, é necessário fazer a inscrição na própria faculdade, que é a responsável por encaminhar os dados ao MEC.

Podem ser beneficiadas as famílias na pobreza e extrema pobreza que não recebam o Bolsa Família (com renda por pessoa de até R$ 178) e inscritas no CadÚnico até 14 de maio de 2021, com cadastro ativo e atualizado.

É possível receber auxílio sem ter contribuído? Quem nunca contribuiu para a previdência, consequentemente não tem direito a nenhum auxílio de natureza previdenciária, tal como, por exemplo, ao auxílio-doença ou ao auxílio-acidente. No entanto, é possível receber um auxílio assistencial sem nunca ter contribuído.

15 anos

No Brasil, a carência para a aposentadoria por idade é de 180 meses de contribuição, o que equivale a 15 anos. Portanto, se uma pessoa nunca contribuiu para a Previdência Social, ela não tem direito a solicitar a aposentadoria por idade. Afinal de contas, ela não se enquadra nas regras para solicitar esse direito.