O que Tomás de Aquino e Santo Agostinho tem em comum?

Perguntado por: lveloso . Última atualização: 28 de maio de 2023
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Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino constituem os pilares da escolástica, essencialmente uma pedagogia fundada na teologia cristã e que se constituiu ao longo da Idade Média. Ambos os filósofos estão na base doutrinária da pedagogia do cristianismo e ainda têm profunda influência na pedagogia laica contemporânea.

Santo Agostinho, que tem o dogma da crença como absoluto; e Santo Tomás de Aquino, que procurou através da Filosofia de Aristóteles demonstrar a existência de Deus pela razão.

Tomás de Aquino, ao incorporar o conceito de vontade (voluntas) usado por Agostinho, interpretou o a partir de uma antropologia intelectualista aristotélica, contrapondose à interpretação agostiniana de uma vontade ambivalente em relação ao bem definido como tal pela razão.

Embora Santo Agostinho se vincule à tradição platônica, de caráter idealista, e Santo Tomás de Aquino retome a tradição aristotélica, de caráter realista, suas concepções de educação convergem quanto a sua finalidade, que é aquela de formar o cristão.

Era defensor da ideia de pecado original e da predestinação – teoria de que o destino da vida humana é planejado por Deus. A fé seria o único meio de alcançar a verdade, sendo a razão o responsável pela comprovação dessa verdade. Também pregou a manutenção e defesa da paz.

Platão e Agostinho: Tomás de Aquino foi influenciado pelos patrísticos, em especial por Agostinho, que trabalhou o início da perspectiva cristã por meio do neoplatonismo. Influenciado por Agostinho e por Platão, Aquino trouxe uma nova perspectiva para a Filosofia cristã, por meio da Filosofia grega pagã.

Na língua portuguesa, se o nome do Santo começa com consoante, ele é chamado de São; se com vogal, então Santo, por razões de eufonia. Entretanto, Santo Tomás é a única exceção justamente para mais engrandecê-lo, singulariza-lo e honrá-lo.

Tomás de Aquino considera que a alma é a forma essencial do corpo, responsável por dar vida a ele. A alma humana é subsistente, imortal e única; para isso, o homem tende naturalmente para Deus. Tomás de Aquino é unanimemente reconhecido como o maior dos filósofos medievais.

Conclui Tomás de Aquino: "Existe algo que é, para todos os outros entes, causa de ser, de bondade e de toda a perfeição: nós o chamamos Deus".

8. Sobre São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, é possível AFIRMAR que: I. Ambos se apoiam no pensamento grego clássico, respectivamente Platão e Aristóteles, para dar um caráter filosófico e legitimar a doutrina cristã.

Para Agostinho a verdade imutável é Deus, que é o grande criador, criou o mundo como um ato de bondade, cuja bondade é inquestionável, ele criou também o tempo. Deus criou a vida, que é praticada do começo ao fim, deste modo, o início é a criação, o meio é a vida terrena, o fim é fim é Deus, o reino de Deus.

Assim como Platão (427-347 a.C.), Agostinho concebe Deus como uma entidade que pertence a um reino de verdades atemporais, perfeitas e imateriais, com o qual só temos contato de maneira não-sensorial: tendo sido feitos à imagem e semelhança de Deus, uma parte desse reino existe dentro de nós (e pode ser identificado ...

Para Agostinho, a fé tem precedência sobre a razão, ou seja, o argumento da autoridade vem antes de qualquer reflexão racional. Por essa razão, acreditar em Deus precede a evidência de sua existência (De moribus ecclesiae catholica, I, 2, 5), não para omiti-lo, mas pelo contrário, como a descobrimos.

A FILOSOFIA DE SANTO TOMÁS DE AQUINO
Uma de suas ideias centrais é a rejeição do absoluto antagonismo entre a razão e a fé. Para Aquino, existiriam as “verdades da fé”, atingíveis apenas por meio da revelação cristã, às quais não poderemos chegar através da razão.

Tomás de Aquino faz um segundo ponto importante. Ele diz que a fé cristã é eminentemente fundamentada na razão. Todos os dias, de fato, você e eu acreditamos em coisas que outras pessoas nos dizem e aprendemos verdades delas por confiar no que elas dizem.

Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino são, possivelmente, os pensadores mais significativos para que possamos compreender a ideia de justiça encontrada na filosofia cristã. E por que uma filosofia cristã, se Cristo jamais propôs uma filosofia, mas a salvação do homem?

Seu diferencial foi “provar” a existência de Deus a partir das coisas que nós podemos perceber acerca do mundo e não antes de nossa experiência. Podemos resumir seu pensamento na ideia de que por conhecermos o cosmos que devemos ser levados a crer que Deus existe de verdade, e não só em pensamento.

Santo Agostinho acreditava que o ser humano é composto por um corpo e uma alma. Por ser uma entidade espiritual, a alma é superior ao corpo. Portanto, cabe à alma reinar sobre o corpo.

Foi responsável por reforçar o conceito de 'pecado original' e desenvolver o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus, distinta da cidade material dos homens. Também afirmou que a origem do mal estaria no livre-arbítrio, concedido por Deus, donde todo mal seria o resultado do livre afastamento do bem.