O que tem mais no Brasil rico ou pobre?

Perguntado por: iaguiar . Última atualização: 3 de abril de 2023
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Os dados indicam que os 10% mais ricos no Brasil, que em 2019 concentravam 58,6% de toda a renda nacional, agora detém 59% dos ganhos. Já a metade da população mais pobre era responsável por 10,1% da renda brasileira e agora representa uma fatia de apenas 10%.

Os 10% mais ricos da população global controlam 76% da riqueza mundial em 2021, de acordo com a análise. Em contraste, os 50% mais pobres possuem apenas 2%. Os 40% médios, por sua vez, possuem 22%.

A pobreza no Brasil é derivada da má distribuição de renda e suas origens remontam ao período colonial. Atualmente o Nordeste concentra os maiores índices de pobreza do país. A falta de acesso a serviços básicos, como saneamento, é um dos fatores definidores de pobreza.

Em uma residência com duas pessoas, a renda de R$ 5 mil significa uma vida de classe média.

A renda mensal média de quem está entre os 5% mais ricos no Brasil é de R$ 10.313,00, conforme os dados da Pnad Contínua - Rendimento de todas as fontes 2019, do IBGE. O corte para estar no 1%, ou seja, com renda média superior à de 99% da população brasileira adulta, é de R$ 28.659,00.

A cidade com menor PIB per capita do país em 2020 era Matões do Norte, com R$ 4.924. Foi o terceiro ano seguido que o município de 17 mil habitantes aparecia como o mais pobre do Brasil.

Os dados do IBGE também mostram que a pobreza atinge desproporcionalmente crianças e jovens. 46,2% das crianças de até 14 anos viviam abaixo da linha da pobreza em 2021, recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o percentual era de 33,2%, o triplo dos idosos (10,4%).

Maranhão é o Estado

Segundo o IBGE, o Maranhão é o Estado do Brasil com a maior proporção de pessoas em estado de extrema pobreza. Sendo que, 8,4% dos extremamente pobres do país moravam aqui no Maranhão, em 2021.

Incidência de impostos sobre a parcela mais pobre da população é proporcionalmente maior do que a dos mais ricos; reforma tributária, com taxação de dividendos e simplificação de impostos, pode ser forma de reduzir a concentração de renda, avaliam economistas.

Foquemos nos principais minérios: bauxita, cobre, estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel, ouro, e, também abordaremos o petróleo. Iniciemos pelo petróleo, onde somos o 13° maior país do mundo em reservas, estimadas em 20,273 bilhões de barris (reservas 3P – provadas, prováveis e possíveis).

Em relação aos municípios em geral, Nova Lima, em Minas Gerais, aparece no topo do ranking, com renda média da população correspondente a R$ 8.897,00. Em segundo lugar está a cidade de Aporé, em Goiás, com R$ 8.109,00 por habitante, seguida de Nova Alvorada, no Rio Grande do Sul, com R$ 6.150,00.

Questões econômicas
De uma maneira geral, o Brasil é um país que produz muita matéria prima, mas não tem estrutura e nem tecnologia para usá-la na produção de bens de consumo. Com isso, vendemos muita matéria-prima barata, para depois comprar os bens de consumo com um valor muito mais elevado.

Ainda segundo o IBGE, o município de Cajari, localizado a 220 km de São Luís, está em primeiro lugar na pesquisa. Em seguida com o menor PIB, estão os municípios Peri-mirim, Nina Rodrigues, Central do Maranhão, Matões do Norte, Santo Amaro do Maranhão e Primeira Cruz.

Os mais ricos só perderam 6% da renda, passando de R$ 17 mil para R$ 15,9 mil. Com isso, o abismo da desigualdade se alargou. Em 2020, um brasileiro dos 5% mais pobres precisaria de 24 anos para obter a renda que um brasileiro dos 1% mais ricos obtinha por mês (R$ 17 mil). Em 2021, essa distância aumentou para 34 anos.

Estratificação dos domicílios em 2022:
Classe A: 2,8% (renda mensal domiciliar superior a R$ 22 mil) Classe B: 13,2% (renda mensal domiciliar entre R$ 7,1 mil e R$ 22 mil) Classe C: 33,3% (renda mensal domiciliar entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil) Classes D/E: 50,7% (renda mensal domiciliar até R$ 2,9 mil)

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a remuneração mínima necessária para uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) seria de R$ 5.969,17 (dado de novembro 2021).