O que tem dentro de uma água-viva?

Perguntado por: ofogaca . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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As águas-vivas apresentam uma camada de epiderme (externa) e uma camada de gastroderme (interna), separadas por uma espessa camada gelatinosa chamada mesogleia. São, portanto, animais diblásticos.

O veneno das águas-vivas podem permanecer em seus tentáculos mesmo depois de o animal morrer, portanto não devemos tocá-las nem quando estiverem mortas, para evitar ferimentos.

Águas-vivas não possuem cérebro. Isso não significa que elas não tenham controle sobre suas ações. Os impulsos são enviados ao corpo através de uma rede nervosa, que possibilita o desenvolvimento e a coordenação desses animais. Tartarugas comem águas-vivas e as espécies menores até servem de alimento para as maiores.

Embora o contato com essa criatura marinha cause muita dor, ardência e vermelhidão, que realmente são sintomas de queimadura, na verdade a lesão acontece pelo envenenamento provocado pelas toxinas da água-viva. Também conhecido como medusa, esse animal que habita os oceanos tem células especiais chamadas cnidócitos.

Embora comer água-viva possa parecer pouco convencional a muitos, as águas-vivas, de fato, são consumidas em alguns lugares da Ásia como parte da culinária tradicional há gerações e são valorizadas por seus benefícios à saúde.

Geralmente, as águas-vivas não vivem mais de 6 meses. Mas uma delas, a Turritopsis dohrnii, conseguiu driblar esse destino — e, de quebra, revolucionar os conceitos de vida e morte. Ela tem a capacidade de rejuvenescer indefinidamente as próprias células, ou seja, é essencialmente imortal.

Uma espécie de cnidário conhecida como Turritopsis dohrnii consegue driblar a última e mais preocupante etapa do ciclo e, por isso, é considerada imortal.

A água-viva tem como principais predadores alguns tipos de peixe, tartarugas marinhas e pássaros marinhos. No entanto, encontrar estas águas-vivas em estágio adulto sendo devoradas por um coral é uma descoberta singular, da qual não há registros anteriores.

Com o aumento da temperatura da água, o ambiente fica propício à reprodução das águas-vivas, fazendo com que elas venham a aparecer com mais frequência nas praias, principalmente as adultas e maiores. Outro fator que ajuda a aumentar o número de águas-vivas nas praias são as correntes marinhas.

Segundo biólogos marinhos, as águas-vivas são da espécie medusa-da-lua, que não queima.

— As águas-vivas aparecem quando as águas superficiais do mar são empurradas em direção à costa, e não há muita mobilidade de água para que haja arrastamento disso para longe. Então a água mais quente vai levando esses organismos e eles vão se proliferando — explica Zee.

Quando o sono aperta, eles entram em um estado de dormência conhecido como “letargia”: seu metabolismo se torna mais lento, tudo vai ficando mais devagar e, então, eles passam a se comportar como se estivessem dormindo acordados.

As águas-vivas são sim capazes de queimar as palmas das mãos das pessoas, basta entrar em contato, o que acontece é que é dificil elas chegarem até a mão, já que elas não ficam na superfície da água, por isso elas geralmente atacam as pernas.

Segundo o especialista, as "queimaduras" são fruto do contato da toxina produzida pelos animais com a pele humana e grande parte das queimaduras não acontece pelo contato direto com a água-viva, mas, sim, com caravelas, um tipo similar que também contém a toxina.

Tem um sabor delicado que tende a assumir os sabores do que quer que seja cozido. Ainda assim, se não dessalinizada, pode ser bastante salgada. Você pode comer água-viva de várias maneiras, com molho de soja, óleo e vinagre para uma salada. Também pode ser cortada, cozido e servido misturado com legumes ou carne.