O que tem dentro da senzala?

Perguntado por: esalgueiro . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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As senzalas eram os alojamentos que encarceravam os escravizados durante o período colonial. Eram construídas, em grande parte, de taipa e possuíam teto de palha. O termo senzala é oriundo da palavra sanzala, do idioma quimbundo.

Poucos anos de vida. Nas fazendas, principalmente, o escravo trabalhava de 12 a 16 horas por dia e dormiam em acomodações coletivas chamadas senzalas ou mesmo em palhoças.

Olhavam também os dentes, os olhos, os ouvidos e solicitavam que os escravos saltassem e girassem para constatar suas condições de saúde. Além dessas observações, os compradores examinavam as partes íntimas dos escravos a fim de constatar alguma doença.

Caracterizada pela comida usada no tempo da escravidão para os cativos, com influência mineira, a Comida de Senzala é composta de “umbigo de bananeira com carne moída, mamão verde com carne, angu, feijão, feijão rico, feijoada, ora-pro-nóbis, arroz”.

Feijão preto, toucinho, farinha de mandioca e carne seca juntos formam o prato mais popular do Brasil: a feijoada.

As pessoas limpavam os pés, as mãos, o rosto e os braços e o resto era sujeira. De acordo com relatos dos médicos do século XIX, doenças de pele eram comuns como sarnas e perebas de todos os tipos.

A senzala foi uma forma de moradia de populações escravizadas, vindas do continente africano num movimento conhecido por Diáspora Africana, ou a vinda compulsória de sujeitos para o trabalho no sistema escravista na colônia portuguesa.

A condição da vida escrava era desumana. Os escravos se alimentavam de forma precária, vestiam trapos e trabalhavam em excesso. Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala.

25 anos

No que se refere à mortalidade geral de escravos, com base na média de idade de falecimento obtida por meio dos registros de óbitos, concluímos que a expectativa de vida de um escravo, na Freguesia de Lamim, era de 25 anos, um pouco maior que a encontrada por Schwartz, que girava em torno de 19 anos.

No Brasil, durante a vigência da escravidão, a expectativa de vida dessa população era cinco a 10 anos menor do que a de negros norte-americanos, por exemplo, que viviam, em média, 33 anos.

"Os escravos acordavam muito cedo, por volta de 4, 5 horas da manhã, faziam uma fila indiana em frente a senzala, faziam a contagem e eles tomavam o café e iam pro cafezal. Almoçavam entre 9 horas da manhã, nesse período.

Entre elas, a causa mais comum foi a tuberculose, que matou 64 pessoas, ou seja, 42,6%, quase a metade dos óbitos entre os escravos.

Os escravos sentiam-se motivados a fugir e muitas vezes eram de fatos incentivados por outros escravos que haviam fugido ou por integrantes de associações abolicionistas, que davam suporte para escravos que fugiam.

Como era alto - tinha 2,18 m - e, na época, acreditava-se que homens com canelas finas gerariam filhos do sexo masculino, foi escolhido para se deitar com as escravas e gerar mais mão de obra. Também cuidava dos cavalos e era responsável pelo transporte de correspondência entre a fazenda e a cidade.

Trabalho Logo ao amanhecer, os homens eram levados para as plantações, que ficavam a até 1 quilômetro distância, e as mulheres faziam as tarefas doméstica na casa grande Alimentação Só havia uma refeição no fim do dia.