O que te faz dormir na cirurgia?

Perguntado por: umonteiro . Última atualização: 24 de abril de 2023
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– A anestesia geral é o que muitas pessoas pensam quando se trata de anestesia. Isso coloca você para dormir durante a cirurgia. Ela é geralmente usada para cirurgias em áreas como o abdômen, peito ou cérebro.

Conclusões principais: cerca de um em 19.600 pacientes acordam "acidentalmente" durante a cirurgia. E quando a anestesia é mais leve, o risco é mais elevado (um em 670 pacientes). Alguns dos pacientes descreveram asfixia, paralisia, dor, alucinações e experiências de quase-morte.

A sedação é o ato de suprimir a consciência, mantendo as funções vitais, tais como respiração espontânea e deglutição. Esta inconsciência é realizada através de um medicamento anestésico, utilizada por via oral, inalatória ou venosa.

Portanto, há casos em que o paciente pode escutar, sim, as vozes dos familiares. A grande questão é saber se o paciente entende o que lhe dizem. Em casos de sedação ou coma superficial é bem provável que o paciente seja capaz de compreender algumas coisas e reconhecer a voz da família.

O midazolam é utilizado para sedação antes de procedimentos médicos diagnóticos e terapêuticos. O midazolam é um benzodiazepínico imidazólico que tem efeitos depressores no sistema nervoso central (SNC) com rápido início de ação e poucos efeitos adversos.

O que aconteceu para que a paciente acordasse durante a cirurgia? Enis Donizetti: O acordar durante uma cirurgia é o que denominamos Consciência Intraoperatória Acidental (CIOA), que é a intercorrência anestésica mais temida no que se refere à administração inadequada de agentes anestésicos.

"Há vinte anos, o risco de não acordar e morrer de complicações da anestesia foi de 1 para 10 mil nos países ricos", explica o Prof. Alexandre Mignon, anestesista-reanimador no Hospital Cochin.

A anestesia local é usada para impedir a transmissão de sinais entre uma parte específica do corpo e o cérebro. Ela age bloqueando os canais de sódio nos neurônios, o que barra a transmissão do impulso nervoso para o cérebro - assim, a pessoa "não sabe" que algo dolorido está acontecendo.

Vale destacar que algumas vezes os pacientes podem sonhar durante a anestesia, acreditando estar acordado e serem memórias reais, mas isso não caracteriza a consciência transopera- tória.

“A avaliação da anatomia da cavidade oral é fundamental, pois o anestesiologista pode identificar alterações anatômicas que possam dificultar outros procedimentos necessários durante uma intervenção, como a entubação do paciente”, afirma a vice-presidente da Samg.

Terminada a cirurgia, o anestesista começa a reversão da anestesia. Nos pacientes sob anestesia geral, interrompemos a administração contínua dos anestésicos e, aproximadamente 10 a 20 minutos após, ocorre o despertar. Esta primeira fase do despertar, é realizada sob diretamente pelo anestesista na sala de cirurgia.

Sendo assim, é possível que mesmo um paciente que já se encontre em coma, necessite sedação profunda. Após retirada da sedação alguns pacientes acordam após algumas horas, outros demoram vários dias.

Por quanto tempo duram os efeitos da sedação e anestesia geral depois da cirurgia? Depende muito do caso! Em média, após 24 horas da cirurgia, os efeitos terminam, já que os agentes das medicações acabam sendo eliminados pelo organismo.

Por isso, podemos dizer que o efeito de um sedativo pode ser de 10 a 80 horas.

"Quando se retira pouco a pouco a sedação e a pressão volta ao normal, o paciente sai do coma induzido, voltando ao seu estado clínico base. Pode acontecer de ele continuar em coma, ou acordar progressivamente", explica o médico. Ao sair do coma, os pacientes continuam sendo acompanhados com atenção pelos médicos.

A intubação com paciente acordado (IPA) consiste na introdução do tubo orotraqueal com o paciente acordado, colaborativo e em ventilação espontânea, sendo realizado por videolaringoscopia ou broncoscopia. É considerada a técnica padrão-ouro em adultos para casos de via aérea difícil previamente reconhecida.