O quê Spinoza escreveu sobre Deus?

Perguntado por: mfogaca . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Para Spinoza, as próprias leis da natureza podiam ser identificadas com a mente de Deus. Deus não existe em separado, em estado transcendente. Num certo sentido, Deus é a natureza em todas as suas manifestações. Mas a influência de Spinoza vai além das ciências naturais, inspirando também as ciências da mente.

Francisco Javier Ángel Real

Então, afinal, quem escreveu o texto? O texto foi escrito pelo autodeclarado médium mexicano Francisco Javier Ángel Real, conhecido pelo pseudônimo de Anand Dilvar, e pode ser encontrado em seu livro Conversaciones con mi Guía (pág. 14).

A filosofia de Spinoza é voltada para ação na medida em que encoraja o sujeito a perder o medo de viver em ato, estimulando-o a desenvolver uma ciência intuitiva, que o leve a compreender as forças que lhe afetam.

ateu

Ele era frequentemente chamado de "ateu" por seus contemporâneos, embora em nenhuma parte de sua obra Spinoza argumente contra a existência de Deus. Spinoza viveu uma vida aparentemente simples como um moedor de lentes ópticas, colaborando nos designs de microscópio e lentes de telescópio com Christiaan Huygens.

A sua conceção cristológica aceita a história. De acordo com Espinosa, Jesus é uma personagem cuja historicidade não levanta dúvidas, considerando-o como judeu, que revolucionou a religião na qual foi educado, transformando as leis particulares da Torah numa ética universal.

Em 1656, Spinoza foi excomungado de sua sinagoga e expulso da comunidade judaica, por ter se recusado a aceitar determinados aspectos da ortodoxia judaica.

Quando perguntaram a Einstein se ele acreditava em Deus, ele respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.

Em outra carta, porém, Einstein nos diz ter para si o Deus de Spinoza, filósofo do século XVII que desenvolveu uma obra extremamente complexa definindo um conceito próprio para a palavra “Deus”, cujos motivos para ter utilizado essa palavra não são poucos.

A filosofia de Espinosa demonstra que a imagem de Deus, como intelecto e vontade livre, e a do homem, como animal racional e dotado de livre-arbítrio, agindo segundo fins, são imagens nascidas do desconhecimento das verdadeiras causas e ações de todas as coisas.

A mente é ideia do corpo, o pensamento só acontece por força dos corpos que nos afetam. Não poderíamos ser, como gostariam alguns, cabeças flutuantes, almas incorpóreas. Precisamos estar mergulhados na vida, plenamente. A modificação no nosso corpo corresponde a uma modificação na alma.

Demonstrando a natureza da substância (Deus), para Espinosa ela é infinita, única, livre, imutável e eterna. É infinita porque nada o pode limitar. É único porque não existe nada fora dele e tudo o que existe, existe em Deus.

Spinoza adverte que, nada é sagrado ou profano, só em função do uso se tornará uma coisa ou outra. Isso si- gnifica que as Escrituras só podem ser consideradas palavra de Deus na perspectiva religiosa.

Ao final do texto, havia um adendo com uma menção a Einstein, que perguntado se acreditava em Deus, respondeu : “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.

Platão concebe Deus como "artífice do mundo", porém com um poder limitado pelo modelo que ele imita: o mundo das ideias ou das realidades eternas. Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa.